Js 3,7-10a.11.13-17; Sl 113A,1-6; Mt 18,21-19,1.

 Mt 18,15

“Quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?” A capacidade Deus perdoar é infinita, e a misericórdia é o centro da liturgia de hoje. O perdão como fruto misericordioso brota do coração de quem ama livremente. A pergunta de Pedro ao Senhor nos leva a uma reflexão pessoal muito conflituosa conosco mesmo; somos capazes de perdoar infinitamente como Deus? Muitas vezes esse gesto que mexe com nosso orgulho representa dar um passo que muitos de nós não conseguimos, pois podemos estar atados em condições mal resolvidas. A solução sempre deve partir de pequenos passos de perdão como a atitude de não querer nos vingar do outro. O verdadeiro perdão nos faz livres, e acontece por etapas, não é um sentimento, mas um gesto concreto, não é esquecer: é uma opção que o homem de fé deve fazer quando a ofensa é repetida e quando ela e lembrada. Por isso o número sete que representa a perfeição está relacionado ao perdoar de Deus que é misericordioso, que não se cansa de perdoar e nos convida a imitá-lo.

(Francisco Hélio Silva Garcia – Seminarista do 4° de Teologia / Arquidiocese de Teresina-PI).

REFLEXÃO

  1. O que você entende por “perdão”?
  2. Você consegue perdoar facilmente?

 

LEITURA ESPIRITUAL

 Cristo enfatiza com tanta insistência a necessidade de perdoar os outros que Pedro, que lhe havia perguntado quantas vezes deveria perdoar o próximo, recebeu o número simbólico “setenta vezes sete”, significando que deveria saber perdoar a todos e sempre. É claro que uma exigência tão grande de perdão não anula as exigências objetivas da justiça. A justiça bem compreendida constitui, por assim dizer, a finalidade do perdão. Em nenhum passo da mensagem evangélica o perdão, e nem mesmo a misericórdia como sua fonte, significa indulgência com o mal, com o escândalo, injúria ou ultraje cometido. Em todo caso, a reparação do mal ou do escândalo, a reparação da ofensa, a satisfação do ultraje como condição do perdão.

 Assim, a estrutura fundamental da justiça penetra sempre no campo da misericórdia. Esta, porém, tem o poder de dar à justiça um novo conteúdo, que se expressa de modo mais simples e pleno no perdão. (João Paulo II, carta encíclica Dives in misericórdia, n. 14).

 

AÇÃO

Viva a palavra: “Perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.” (Mt 6,12).

Bom dia para você e sua família!

Pe. William Santos Vasconcelos