Ez 33,7-9; Sl 94,1-2.6-9; Rm 13,8-10; Mt 18,15-20

“Se teu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe seu erro…” (Mt 18,15)

O projeto de vida cristã encontra o seu fundamento no mandamento do amor. No discurso sobre a fraternidade, o Evangelho acentua a necessidade da correção fraterna, no que implica a coragem de corrigir o irmão. Para a correção fraterna, Jesus propõe um itinerário humanizante imbuído de uma abertura de quem corrige, e, por outro lado, de quem recebe a correção. Jesus apresenta três passos necessários: primeiro, com muita discrição chamar o irmão em particular. Sem sucesso na primeira tentativa, participam mais duas testemunhas. Requerendo mais uma tentativa, chama-se a comunidade. De todos os modos não havendo receptividade deixa o irmão em paz. Contudo, a caridade é o que deve prevalecer, respeitando sempre a pessoa e guardando sua dignidade.

REFLEXÃO

  1. Como fazer a correção fraterna ao irmão ou irmã que errou?
  2. Você consegue conversar com alguém sobre o que ela precisa melhorar? Ou você tece comentários em primeiro lugar com os outros?

LEITURA ESPIRITUAL

Devemos querer a salvação de todos; usemos a correção severa de maneira saudável, para que outros não pereçam ou se percam. Cabe somente a Deus torná-lo proveitoso para aqueles que Ele previu e destinou a serem conformados à imagem de Seu Filho (Rm 8,29). Bem, se alguma vez nos abstemos de corrigir por medo de que alguém se desvie, por que deveríamos corrigir por medo de que alguém não se torne mais pervertido? Não temos entranhas mais piedosas do que o apóstolo quando ele diz; “Exortamos também vocês, irmãos, a advertir aqueles que vivem na confusão, encorajar os tímidos, apoiar os fracos e ser pacientes com todos. Cuide para que ninguém retribua a outro mal com mal; mas procurem sempre o bem uns dos outros e de todos” (1Ts 5,14ss). Estas palavras significam que o mal se transforma em mal quando a correção que deveria ser feita é negligenciada e evitada com uma dissimulação culpada. Pois ele também diz: “Repreende os culpados diante de todos, para que os outros tenham medo.” (1Tm 5,20). (Agostinho de Hipona, “Sobre Correção e Graça”).

AÇÃO

Viva a palavra: Quem ama ou outros não faz mal a eles.” (Rm 13,10).

Bom domingo para você e sua família!

Pe. William Santos Vasconcelos