Eclo 27,33-28,9; Sl 102,1-4.9-12; Rm 14,7-9; Mt 18,21-35

“É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.” (Mt 18,35).

Nas palavras de Jesus, somos chamados a abrir as portas do nosso coração ao amor, em outras palavras à misericórdia divina e permitir que Ele dê vida àquilo que o pecado mata. O perdão é uma experiência de Deus, ao mesmo temo que é força concreta da paciência, esperança, oração e adesão com a própria conversão e a do(a) irmão(a). Daí, entendamos que perdoar implica, num certo sentido, participar da paciência divina: Ele é o “paciente’, o “misericordioso”, o “compassivo”, o “misericordioso” e o “fiel” (Ex 34,6). O primeiro movimento do perdão é ter paciência, aceitar as imperfeições próprias e dos outros. A segunda consiste em estar aberto acolhendo o pecador numa atitude de bondade, condescendência e ternura que nos faz permanecer numa atitude de liberdade porque não nos deixamos ferir pelo o amor próprio.

REFLEXÃO

1. Como você acolhe a proposta de perdão que o Senhor nos sugere?

2. Você é livre a ponto de conseguir perdoar quando ferido(a) por alguém?

LEITURA ESPIRITUAL

Não pense que a raiva é algo sem importância. O que é raiva? O desejo de vingança. O que é ódio? Raiva inveterada. O que a princípio era apenas raiva se transformou em ódio porque ela envelheceu. A raiva é palha; ódio, o feixe. Às vezes repreendemos aqueles que estão irados, mantendo o ódio em nossos corações. Cristo então nos diz: “Você vê o cisco no olho do seu irmão e não vê a trave no seu próprio”. Por que a palha, crescendo, virou uma viga? Porque não foi lançado imediatamente. Tantas vezes você permitiu que ele saísse e assumisse o controle de sua raiva, que você a envelheceu. Acumulando falsas suspeitas, reguei o joio; negando, você o alimentou; nutrindo-o, você fez dele uma viga. Pelo menos trema quando lhe disserem: “Aquele que odeia seu irmão é um assassino”. Faça, então, o que é dito: “Como perdoamos aos nossos devedores, e pedimos com certeza: “Perdoa-nos as nossas dívidas, porque nesta terra não poderás viver sem dívidas”.” (Agostinho de Hipona, – Sermão 58 ,7-8).

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AÇÃO

Viva a Palavra: “Lembra-te do fim e deixe de odiar.” (Eclo 27,6).

Bom domingo para você e sua família!

Pe. William Santos Vasconcelos