Is 45.1.4-6; Sl 95(96),1.2a.4-5.7-10a; 1Ts 1,1-5b; Mt 22,15-21

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” (Mt 22,21).

O texto do Evangelho de hoje nos faz entender que, como seguidores e seguidoras de Jesus, somos pessoas que, como os outros, temos os mesmos direitos e deveres dentro da sociedade e exercemos a missão de colaborar para o crescimento da sociedade civil. Nessa compreensão devemos pagar os impostos socias, respeitar a normas e leis de conduta para que possamos salvaguardar a vida e o bem comum. Contudo, não podemos esquecer que em nós estão impressas as marcas e credenciais divinas, pois o Senhor nos criou à sua imagem e semelhança (Gn 1,26-27). Por mais que estejamos inseridos e necessitemos das coisas do mundo, somos de Deus e é a Deus que homem e mulher devem entregar-se.

REFLEXÃO

1. Sou justo em meus compromissos sociais?

2. O que retribuo a Deus por agradecimento pelo que a mim Ele tem feito?

LEITURA ESPIRITUAL

            A missão que Cristo confiou à sua Igreja não é política, económica ou social. O fim que ele atribuiu é de ordem religiosa. Mas precisamente desta missão religiosa derivam funções, luzes e energias que podem servir para estabelecer e consolidar a comunidade humana segundo a lei […].

O concílio exorta os cristãos, cidadãos da cidade temporal e da cidade eterna, a cumprirem fielmente os seus deveres temporais, sempre guiados pelo Espírito evangélico. Enganam-se os cristãos que, pretextando que aqui não temos uma cidade permanente, visto que procuramos uma futura, consideram que podem negligenciar as tarefas temporais, sem perceber que a sua própria fé é uma razão que os obriga ao mais perfeito cumprimento de todos eles de acordo com a vocação pessoal de cada um. Mas não é menos grave o erro daqueles que, pelo contrário, pensam que podem dedicar-se totalmente aos assuntos temporais, como se fossem completamente estranhos à vida religiosa, pensando que estes se reduzem apenas a certos actos de culto e à cumprimento de certas obrigações morais. O divórcio entre a fé e a vida quotidiana deve ser considerado para muitos um dos erros mais graves do nosso tempo. Já no Antigo Testamento os profetas repreenderam veementemente tal escândalo. E, acima de tudo, no Novo Testamento, Jesus Cristo ordenou pessoalmente punições graves contra ele. Portanto, não se criam oposições artificiais entre as ocupações profissionais e sociais, por um lado, e a vida religiosa, por outro. O cristão que falha nas suas obrigações temporais falha nos seus deveres para com o próximo; acima de tudo, ele não cumpre as suas obrigações para com Deus e põe em perigo a sua salvação eterna. Concílio Vaticano II, constituição pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo atual, nn. 42-43). 

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AÇÃO

Viva a Palavra: “Eu sou o Senhor; e não há outro” (Is 45,5).

Bom domingo para você e sua família!

Pe. William Santos Vasconcelos