SANTOS PETER POVEDA E INOCÊNCIO DA IMACULADA

Rm 11,29-36; Sl 68(69),30-31.33-34.36-37; Lc 14,12-14

[…] quando deres uma festa convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! (Lc 14, 13-14).

No evangelho, Jesus ensina-nos, de modo muito espontâneo, mas paradoxal, que: quando deres um almoço ou jantar não convide os próximos a ti, tendo em vista uma recompensa. É um conselho estranho! O mais natural é convidarmos para o almoço ou para o jantar, os amigos, os familiares, as pessoas que têm influência na sociedade, e nos podem ajudar a resolver algum problema ou a alcançar determinado objetivo. Numa palavra: o mais habitual é convidarmos quem nos possa de algum modo retribuir. Porém, Jesus ensina de uma maneira totalmente diferente. Mostra o quão importante é o dom da gratuidade. A linguagem da gratuidade consegue pronunciar palavras libertadoras e expressar gestos vivos e vivificantes. É uma linguagem fora de moda, uma vez que andamos encandeados pelas miragens do útil, do eficiente, do produtivo. Mas a gratuidade é um dos atributos de Deus. Deus é gratuidade: dá e dá-Se, e não seria Deus/Amor se não fosse assim. Deus dá gratuitamente o seu amor, não um amor interesseiro, mais um amor salvífico. É aí que se encontra a verdadeira alegria!

(Franciermerson do Nascimento Araújo – Seminarista do 4º ano de Teologia/ Diocese de Parnaíba).

Reflexão

  1. Tenho procurado servir, sem esperar nada em troca?
  2. Sou capaz oferecer-se gratuitamente?

LEITURA ESPIRITUAL

Quem te deu as chuvas, a agricultura, os alimentos, as artes, as casas, as leis, a sociedade, uma vida grata e humana, assim como a amizade e a familiaridade com aqueles a quem te une um verdadeiro parentesco? […] Não foi Deus, o mesmo que agora solicita a tua benignidade acima de todas elas? Não teremos de nos envergonhar, a nós que tantos e tão grandes benefícios recebemos ou esperamos dEle, se nem sequer lhe pagarmos com isto, com a nossa benignidade? E se ele, que é Deus e Senhor não hesita em se chamar nosso Pai, seremos nós a renegar os nossos irmãos? Não consintamos, meus irmãos e meus amigos, em administrar mal aquilo que por dom divino nos foi concedido. (São Gregório Nazianzeno, De pauperum amore, 23-24).

AÇÃO

Rezar pelos missionários, comunidades de vida consagrada, leigos e leigas, que se doam gratuitamente pela propagação do Evangelho e da cultura do bem comum.

Bom dia para você e sua família!

Pe. William Santos Vasconcelos