LITURGIA DO DIA 18

Jr 23,5-8; Sl 71(72),1-2.12-13.18-19; Mt 1,18-24

“José, seu marido, era justo.” (Mt 1,19).

Na liturgia do Advento, encontramos também citado, no Evangelho de hoje, a pessoa de José como homem justo, não como um homem que praticava a justiça dos homens, mas um homem piedoso, servidor irrepreensível de Deus porque estava sempre prontidão e com toda liberdade acolhia a vontade de Deus e aos seus desígnios. Assim, iluminados pela pessoa de São José entendemos que todo o homem e mulher é chamado por Deus para realizar uma missão no mundo, mediante a vocação ao qual foi chamado. Nos olhemos como pessoas que foram convocadas para uma missão na Igreja e no mundo.

REFLEXÃO

1) Sei ler os acontecimentos do cotidiano como manifestação da presença de Deus em minha vida?

2) Vejo os desafios com instrução da vontade de Deus?

LEITURA ESPIRITUAL

Demos imediatamente importância a esta chegada de Cristo ao mundo; É um fato transcendental, em chave normativa e interpretativa, para todo o mundo religioso que dele deriva. Na nossa vida, muitas vezes sucedem coisas, cujo significado não entendemos. E a nossa primeira reação, frequentemente, é de desilusão e revolta. Diversamente, José deixa de lado os seus raciocínios para dar lugar ao que sucede e, por mais misterioso que possa aparecer a seus olhos, acolhe-o, assume a sua responsabilidade e reconcilia-se com a própria história. Se não nos reconciliarmos com a nossa história, não conseguiremos dar nem mais um passo, porque ficaremos sempre reféns das nossas expectativas e consequentes desilusões.

A vida espiritual que José nos mostra, não é um caminho que explica, mas um caminho que acolhe. Só a partir deste acolhimento, desta reconciliação, é possível intuir também uma história mais excelsa, um significado mais profundo. Parecem ecoar as palavras inflamadas de Jó, quando, desafiado pela esposa a rebelar-se contra todo o mal que lhe está a acontecer, responde: “Se recebemos os bens da mão de Deus, não aceitaremos também os males?” (Jó 2, 10).

José não é um homem resignado passivamente. O seu protagonismo é corajoso e forte. O acolhimento é um modo pelo qual se manifesta, na nossa vida, o dom da fortaleza que nos vem do Espírito Santo. Só o Senhor nos pode dar força para acolher a vida como ela é, aceitando até mesmo as suas contradições, imprevistos e desilusões.  (Papa Francisco, Patris cordis, nº4).

AÇÃO

Viva a Palavra e medite: “O justo como o lírio brotará… R. E florirá ante o Senhor eternamente.” (Liturgia da Horas, Responsório Breve, 19 de março).

Bom dia para você e sua família!

Pe. William Santos Vasconcelos