SÃO JOÃO, APÓSTOLO E EVANGELISTA

1Jo 1,1-4; Sl 96(97),1-2.5-6.11-12 (R. 12a); Jo 20,2-8

“Ele viu e acreditou” (Jo 20,8)… Nós vimos e damos testemunho” (1Jo 1,2)

As duas leituras de hoje falam da experiência do encontro relacional que se traduz em sinais de vida: “Ele viu e acreditou” (Jo 20,8); Nós vimos e damos testemunho” (1Jo 1,2). A experiência do “Eu”, transcende para o “Nós”, a comunidade. Celebrar o nascimento de Cristo leva-nos a uma tomada de consciência de que Deus entra em nossa história de vida para nos transformar, transformando as pessoas e tudo que permeia nossa vida. Nossos encontros interpessoais devem manifestar o testemunho dos sinais de vida – a alegria, o amor, a solidariedade, a tolerância, o perdão -, que brotam da encarnação do Senhor possibilitando que possamos nos desfazer dos sinais de morte: o ódio, as guerras, as mágoas, as dores existenciais.

REFLEXÃO

1. Tenho sensibilidade para ver a manifestação de Deus nas coisas simples da vida?

2. Dou testemunho das experiências que faço na comunidade, no local de trabalho, em casa?

LEITURA ESPIRITUAL

Senhor Jesus, quem escolhe amar-te não fica desiludido porque nada pode ser amado melhor e com mais proveito do que tu, e esta esperança nunca falha. Não há medo de ultrapassar a medida, porque ao te amar nenhuma medida é prescrita. Não há necessidade de temer a morte, que põe fim às amizades do mundo, porque a vida não pode morrer. Ao amar você, você não precisa temer nenhuma ofensa, porque não poderá haver nenhuma se você não desejar outra coisa senão o amor. Nenhuma suspeita é insinuada, porque você julga segundo o testemunho da consciência que ama. Esta é a suavidade que exclui o medo.

Palavra devoradora, ardente de justiça, Palavra de amor, Palavra de toda perfeição, Palavra de ternura. Palavra devoradora da qual nada escapa! Palavra que resume em ti toda a lei e os profetas. De quem tem tal amor, a Verdade diz abertamente estas palavras: “Quem aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse me ama” (Jo 14,21). Deve-se saber também que o amor de Deus não se mede por sentimentos momentâneos, mas pela perseverança da vontade. O homem deve unir a sua vontade à de Deus, para que a vontade humana consinta em tudo o que a vontade divina ordena, sem querer isto ou aquilo, a menos que seja porque sabe que Deus o quer.

Isto significa amar a Deus absolutamente. Na verdade, a própria vontade nada mais é do que amor (Elredo de Rievoulx, Discurso sobre o Amor de Deus).

AÇÃO

Viva a Palavra e medite: “O Verbo se fez carne e vimos a sua glória” (Jo 1,14).

Bom dia para você e sua família!

Pe. William Santos Vasconcelos