1Sm 8,4-7.10-22a; Sl 88(89),16-17.18-19 (R. cf. 2a); Mc 2,1-12

“Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (Mc 2,4).

Hoje podemos nos dar conta da importância da comunidade alicerçada na fé, pois a mesma é e poder ser mediação da ação da graça de Deus: “Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens” (v. 3). A comunidade tem o poder de acolher o irmão e a irmã e de interceder pelo seu bem estar manifestando o poder e a ação de Deus. Daí a importância de que a comunidade se disponha em aprofundar a fé na palavra e vivência sacramental, de forma que seja, pela experiência, capacitada para a ação curadora e inclusiva.

REFLEXÃO

1. Reconheço a grandeza e importância da vivência em comunidade para o agir pastoral?

2. Fazendo parte de um grupo – família, empresa, igreja – quais são minhas atitude inclusivas e do grupo que pertenço?

LEITURA ESPIRITUAL

Pode acontecer que um homem diga a si mesmo: “As Escrituras nos enganam”, e todos os seus membros desistam de fazer o bem; e que, entregando até mesmo os membros do homem interior – o que constitui uma coisa muito séria – ele deixa de fazer o bem e diz a si mesmo: “Qual a utilidade de fazer o bem?” Podemos nós, irmãos, levantar aquele que pensa assim e perdeu a capacidade de fazer boas obras em todos os seus membros internos, como se estivesse paralisado, abrir o telhado desta Escritura e apresentá-lo ao Senhor? Veja, de fato, que estas palavras são obscuras, estão ocultas; e vislumbro alguém com a alma paralisada. Vejo este telhado, e sob o telhado vejo Cristo escondido. Farei, na medida do possível, o que é louvado naqueles que, uma vez aberto o telhado, apresentaram o paralítico a Cristo, para que lhe dissesse: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. Porque assim salvou o homem interior da paralisia, perdoando os seus pecados e fortalecendo a sua fé. Mas havia ali homens que não tinham olhos capazes de ver que o paralítico interior já estava curado, e acreditavam que o Médico que o curou estava blasfemando.

Quem quer que seja, tão doente e fraco de coração que quer renunciar às boas obras, e está prisioneiro de uma paralisia interior, force-se a ver se, uma vez aberto este telhado, podemos apresentá-lo ao Senhor (Agostinho de Hipona, Exposição sobre o Salmo 36, 3,3).

AÇÃO

Compartilhe com alguém essa oração: “Concede-nos, Pai, uma fé capaz de abrir os tetos, uma fé capaz de fazer deslizar as nossas macas – aquelas sobre as quais nos deitamos com o coração pesado – para deslizar para dentro, para dentro das coisas vivas da vida, para o coração da história; para que nos encontremos diante de Jesus.”

Bom dia para você e sua família!

Pe. William Santos Vasconcelos