SÃO PAULO MIKI E SEUS COMPANHEIROS, MÁRTIRES

1Rs 8,22-23.27-30; Sl 83(84),3.4.5 e 10.11 (R. 2); Mc 7,1-13

O AMOR É RADICAL

“Vós sabeis muito bem como anular o mandamento de Deus, a fim de guardar as vossas tradições” (Mc 7,9).

Não podemos reduzir nossa fé às nossas ideias ou simples em atitudes unicamente externas, que dão brilho ao nosso egocentrismo, mas não expressa um coração que mudou, convertido. No evangelho, Jesus reclama com os fariseus que encontravam uma desculpa para não ajudarem aos seus pais. Devemos, antes de tudo, escutar a voz de Deus que fala em nosso ser e nos faz olhar se nosso querer é coerente com Seu desejo. Avaliemos se, de fato, fazemos a vontade de Deus ou se estamos sempre procurando uma desculpa para nada fazer. Desculpas para não ajudar ao próximo, desculpa para continuarmos errando, desculpas para não fazermos o bem.

REFLEXÃO

1. Percebo a vontade de Deus em minhas atitudes?

2. O que posso fazer para responder com fidelidade à vontade de Deus frente aos desafios cotidianos?

LEITURA ESPIRITUAL

“Bem-aventurados sois vós quando vos insultarem, perseguirem e de qualquer maneira vos caluniarem por minha causa. Alegrai-vos e contentai-vos, porque será grande o vosso galardão nos céus” (Mt 5,11-12). Quão bem estas palavras de Cristo se aplicam às inúmeras testemunhas da fé do século passado, insultadas e perseguidas, mas nunca derrotadas pela força do mal. Onde o ódio parecia arruinar toda a vida, sem possibilidade de escapar à sua lógica, afirmavam que “o amor é mais forte que a morte”. Sob terríveis sistemas opressivos que desfiguraram o homem, em lugares de dor, entre duras privações, em marchas sem sentido, expostos ao frio, à fome, torturados, sofrendo de tantas maneiras, manifestaram admiravelmente a sua adesão a Cristo morto e ressuscitado. .].

“Quem se ama está perdido, e quem se odeia neste mundo será salvo para a vida eterna” (Jo 12,25). Recentemente ouvimos estas palavras de Cristo. Esta é uma verdade que o mundo contemporâneo frequentemente rejeita e despreza, fazendo do amor-próprio o critério supremo da existência. Mas as testemunhas da fé, que também nos falam esta tarde com o seu exemplo, não procuraram o seu próprio interesse, o seu próprio bem-estar e a sua própria sobrevivência como valores maiores que a fidelidade ao Evangelho. Mesmo na sua fraqueza, eles resistiram firmemente ao mal. Na sua fragilidade brilhava a força da fé e a graça do Senhor. (João Paulo II, Comemoração Ecumênica das Testemunhas da Fé do Século XX, Homilia do Santo Padre, Terceiro Domingo da Páscoa, 7 de maio de 2000).

AÇÃO

Leia e medite: “Agora, na minha vida mortal, vivo crendo no Filho de Deus que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20b).

Bom dia para você e sua família!

Pe. William Santos Vasconcelos