Is 49,1-6; Sl 70(71),1-2.3-4a.5-6ab.15.17 (R. 15); Jo 13,21-33.36-38
ANGUSTIADO
“Um de vós há de entregar-me…” (Jo 13,21).
Nesta terça-feira da Semana Santa, estamos seguindo os passos de Jesus, o evangelho de hoje nos apresenta, o anúncio da traição, era noite e Jesus extremamente comovido diz que um dos seus discípulos vai entregá-lo. Os discípulos se perguntam entre si quem iria atrair o Senhor, Jesus diz ao seu predileto que reclinava em seu peito é aquele a quem eu der um pedaço de pão molhado. Contudo, a traição de Judas não foi em nenhum momento como sinal de derrota para o Cristo, mas, sim, como sinal de glória, pois assim disse Jesus agora foi glorificado o Filho do Homem e Deus foi glorificado por meio dele.
(Caio Torres Vieira – Seminarista do 4º ano de Teologia / Diocese de São Raimundo Nonato-PI)
REFLEXÃO
- Como entendo o sofrimento de Jesus?
- Fico comovido(a) com o sofrimento dos irmãos?
LEITURA ESPIRITUAL
Eu estava meditando sobre a morte do Filho de Deus encarnado. Todo o meu desejo e desejo era como esvaziar melhor a minha mente de tudo o que a ocupava, para ter uma memória mais vívida da paixão e morte do Filho de Deus.
Enquanto estava ocupado com esse desejo, de repente ouvi uma voz que me disse: “Eu não te amei fingidamente”. Aquela palavra me doeu com uma dor mortal, porque os olhos da minha alma se abriram imediatamente, vendo quão verdadeiro era o que ele me disse. Ele viu os efeitos desse amor e o que, movido por ele, o Filho de Deus fez. Ele viu o oposto em mim, porque eu só o amava fingidamente, não verdadeiramente. Ver isso foi uma dor de morte tão insuportável para mim que pensei que estava morrendo. De repente me disseram outras palavras que aumentaram minha dor […].
Ao ponderar essas palavras, ele acrescentou: “Sou mais íntimo da sua alma do que a sua alma consigo mesma”. Isso aumentou minha dor, pois quanto mais íntimo eu me via, mais reconhecia a hipocrisia da minha parte. Estas palavras despertaram na minha alma o desejo de não querer sentir, ver ou dizer nada que pudesse ofender a Deus. E é isso que Deus exige dos seus filhos, daqueles que ele chamou e escolheu para senti-lo, vê-lo e falar com ele (Ángela de Foligno, Livro de Vida).
AÇÃO
Faça uma reflexão de sua atitude frente ao sofrimento dos irmãos: Você se sensibiliza ou relativiza.
Bom dia para você e sua família!
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