1. Iniciar com a saudação à Santíssima Trindade
  2. Oração ao Espírito Santo: “Espírito Santo de Deus, peço-te que ilumine a minha mente e meu coração, para que eu possa entender e acolher a Palavra de Deus em minha vida.”
  3. At 3,13-15.17-19: (fazer somente a leitura)
  4. Sl 4,2.4.7.9 (R. 7a): (fazer somente a leitura)
  5. 1Jo 2,1-5a: (fazer somente a leitura)
  6. Momento de silêncio
  7. Refrão para aclamação ao Evangelho
  8. Leitura do Evangelho breve – Lucas 24,35-48
  9. Reflexão em grupo, conforme os passos da Lectio, com a ajuda das perguntas:

01. LER O TEXTO

a) Quem são as pessoas que aparecem no texto?

b) Os discípulos ficam assustados por verem Jesus. Qual a atitude de Jesus diante disso?

c) Depois, mesmo Jesus mostrando as mãos e os pés eles não compreenderam. Qual atitude de Jesus?

d) Por quê Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras?

– No fim, refrão: “Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos” (Atos 3,15).

02. MEDITAR

O que texto diz para mim?

a) O que mais me chama a atenção no texto do Evangelho de hoje?

b) Qual minha atitude diante do ressuscitado: de medo, angústia, alegria, dúvidas?

c) Como tenho procurado aprofundar minha fé?

d) Minha experiência de fé tem um fundamento claro a ponto de favorecer meu crescimento espiritual?

03. ORAÇÃO

Faça seu agradecimento ao Senhor Jesus, vivo e ressuscitado, próximo e atencioso a você (pode ser em voz alta ou silenciosamente).

04. CONTEMPLAÇÃO

Perante o que foi meditado na leitura, cada um assume, pessoalmente, um compromisso concreto.

  1. Leitura das preces
  2. Pai-Nosso, Ave-Maria
  3. Benção
  4. Canto final ou refrão meditativo.

LEITURA ESPIRITUAL – leitura complementar

CARTA ENCÍCLICA: LUMEN FIDEI.

DO SUMO PONTÍFICE FRANCISCO SOBRE A FÉ, nº 35.

A luz da fé em Jesus ilumina também o caminho de todos aqueles que procuram a Deus e oferece a contribuição própria do cristianismo para o diálogo com os seguidores das diferentes religiões. A Carta aos Hebreus fala-nos do testemunho dos justos que, antes da Aliança com Abraão, já procuravam a Deus com fé; lá se diz, a propósito de Henoc, que “tinha agradado a Deus”, sendo isso impossível sem a fé, porque “quem se aproxima de Deus tem de acreditar que Ele existe e recompensa aqueles que O procuram” ( Hb 11, 5.6). Deste modo, é possível compreender que o caminho do homem religioso passa pela confissão de um Deus que cuida dele e que Se pode encontrar. Que outra recompensa poderia Deus oferecer àqueles que O buscam, senão deixar-Se encontrar a Si mesmo? Ainda antes de Henoc, encontramos a figura de Abel, de quem se louva igualmente a fé, em virtude da qual foram agradáveis a Deus os seus dons, a oferenda dos primogénitos dos seus rebanhos (Hb 11,4). O homem religioso procura reconhecer os sinais de Deus nas experiências diárias da sua vida, no ciclo das estações, na fecundidade da terra e em todo o movimento do universo. Deus é luminoso, podendo ser encontrado também por aqueles que O buscam de coração sincero.

Imagem desta busca são os Magos, guiados pela estrela até Belém (Mt 2,1-12). A luz de Deus mostrou-se-lhes como caminho, como estrela que os guia ao longo duma estrada a descobrir. Deste modo, a estrela fala da paciência de Deus com os nossos olhos, que devem habituar-se ao seu fulgor. Encontrando-se a caminho, o homem religioso deve estar pronto a deixar-se guiar, a sair de si mesmo para encontrar o Deus que não cessa de nos surpreender. Este respeito de Deus pelos olhos do homem mostra-nos que, quando o homem se aproxima d’Ele, a luz humana não se dissolve na imensidão luminosa de Deus, como se fosse uma estrela absorvida pela aurora, mas torna-se tanto mais brilhante quanto mais perto fica do fogo gerador, como um espelho que reflete o resplendor. A confissão de Jesus, único Salvador, afirma que toda a luz de Deus se concentrou n’Ele, na sua “vida luminosa”, em que se revela a origem e a consumação da história. Não há nenhuma experiência humana, nenhum itinerário do homem para Deus que não possa ser acolhido, iluminado e purificado por esta luz. Quanto mais o cristão penetrar no círculo aberto pela luz de Cristo, tanto mais será capaz de compreender e acompanhar o caminho de cada homem para Deus.

Configurando-se como caminho, a fé tem a ver também com a vida dos homens que, apesar de não acreditar, desejam-no fazer e não cessam de procurar. Na medida em que se abrem, de coração sincero, ao amor e se põem a caminho com a luz que conseguem captar, já vivem — sem o saber — no caminho para a fé: procuram agir como se Deus existisse, seja porque reconhecem a sua importância para encontrar diretrizes firmes na vida comum, seja porque sentem o desejo de luz no meio da escuridão, seja ainda porque, notando como é grande e bela a vida, intuem que a presença de Deus ainda a tornaria maior. Santo Ireneu de Lião refere que Abraão, antes de ouvir a voz de Deus, já O procurava “com o desejo ardente do seu coração” e “percorria todo o mundo, perguntando-se onde pudesse estar Deus”, até que “Deus teve piedade daquele que, sozinho, O procurava no silêncio”. Quem se põe a caminho para praticar o bem, já se aproxima de Deus, já está sustentado pela sua ajuda, porque é próprio da dinâmica da luz divina iluminar os nossos olhos, quando caminhamos para a plenitude do amor.

Organização:

Pe. William Santos Vasconcelos

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