“A SABEDORIA DE ESPERAR É O SEGREDO DA VIDA”

  1. Iniciar com a saudação à Santíssima Trindade

Oração: Oração ao Espírito Santo… Vinde Espírito Santo, enchei…

  • Ez 17,22-24 (fazer somente a leitura)
  • Sl 91(92),2-3.13-14.15-16 (R. cf. 2a): (fazer somente a leitura)
  • 2Cor 5,6-10: (fazer somente a leitura)
  • Momento de silêncio

LER O EVANGELHO:  Marcos 4,26-34

(ler o texto em voz alta e depois uma leitura silenciosa)

a) Quem são as pessoas que aparecem no texto?

b) Através de que Jesus descreve o Reino de Deus?Com quais comparações Ele fala ser o Reino de Deus?

c) O que acontece com a semente que é plantada na terra?

d) Qual relação do Reino dos céus com um pequeno grão de mostarda?

e) O que Jesus fazia quando estava sozinho com os discípulos?

Cante o refrão:

Põe a semente na terra, / não será em vão. / Não te preocupe a colheita, / plantas para o irmão. (bis)

MEDITAR

(O que texto diz para mim?)

a) De que maneira acolho as palavras de Jesus na minha vida: com bom entendimento ou tenho dificuldades de compreendê-la?

b) O texto diz A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga” (v 28). Tenho sido uma “boa terra” capaz de fertilizar a palavra de Deus em minha vida?

c) Quais atitudes demonstram ser frutos da escuta e acolhida das palavras de Jesus?

d) Reconheço que as pequenas atitudes, como o grão de mostarda, podem sinalizar a transformação da vida, da sociedade, do mundo?

e) Tenho paciência para que a Palavra de Deus fecunde minha vida ou atropelo as etapas necessárias?

ORAÇÃO

Faça sua oração pedindo ao Senhor sabedoria, paciência e disposição para acolher seus ensinamentos e simplicidade para pô-los em prática.

CONTEMPLAÇÃO (momento de refletir em silêncio).

“A primeira parábola acentua a gratuidade do Reino e a segunda o crescimento do mesmo.”

COMPROMISSO

Enumere três atitudes de acolhimento da palavra de Deus na sua vida, reze e faça um roteiro para ela dê frutos durante essa semana.

  • Pai-Nosso, Ave-Maria
  • Benção
  • Canto final ou refrão meditativo.
  • Oração: “Pai Nosso, que semeais com abundância no nosso coração o gérmen da verdade e da graça. Fazei que o acolhamos com humilde confiança e o cultivemos com paciência evangélica, sabendo que há mais amor e justiça todas as vezes que a vossa Palavra frutifica na nossa vida. Amém.”

LEITURA ESPIRITUAL

A ORAÇÃO COM AS SAGRADAS ESCRITURAS 

Incomoda-me quando ouço cristãos a recitar versículos da Bíblia como papagaios. “Oh, sim, o Senhor diz…, Ele assim o quer…”. Mas, com aquele versículo, encontraste-te com o Senhor? Não é apenas um problema de memória: é um problema de memória do coração, aquela que te abre para o encontro com o Senhor. E aquela palavra, aquele versículo, leva-te ao encontro com o Senhor.

Portanto, lemos as Escrituras para que elas “nos leiam”. E é uma graça ser capaz de se reconhecer nesta ou naquela personagem, nesta ou naquela situação. A Bíblia não é escrita para uma humanidade genérica, mas para nós, para mim, para ti, para homens e mulheres em carne e osso, homens e mulheres que têm nome e sobrenome, como eu, como tu. E a Palavra de Deus, impregnada do Espírito Santo, quando é recebida com um coração aberto, não deixa as situações como antes, nunca, muda alguma coisa. E esta é a graça e a força da Palavra de Deus.

A tradição cristã é rica de experiências e reflexões sobre a oração com a Sagrada Escritura. Em particular, afirmou-se o método da “lectio divina”, nascido num ambiente monástico, mas agora praticado também por cristãos que frequentam as paróquias. Trata-se antes de mais de ler a passagem bíblica com atenção, mais ainda, eu diria com “obediência” ao texto, a fim de compreender o que ele significa em si mesmo. Em seguida entra-se em diálogo com a Escritura, para que aquelas palavras se tornem um motivo de meditação e oração: permanecendo sempre fiel ao texto, começo a perguntar-me o que ele “diz a mim”. Este é um passo delicado: não devemos resvalar para interpretações subjetivas, mas inserir-nos no sulco vivo da Tradição, que une cada um de nós à Sagrada Escritura. E o último passo da lectio divina é a contemplação. Aqui as palavras e os pensamentos dão lugar ao amor, como entre os noivos que por vezes se olham em silêncio. O texto bíblico permanece, mas como um espelho, como um ícone a ser contemplado. E assim tem-se o diálogo.

Através da oração, a Palavra de Deus vem habitar em nós e nós habitamos nela. A Palavra inspira bons propósitos e apoia a ação; dá-nos força, dá-nos serenidade, e até quando nos põe em crise, nos dá paz. Em dias “maus” e confusos, assegura ao coração um núcleo de confiança e amor que o protege dos ataques do maligno.

É assim que a Palavra de Deus se faz carne – permito-me usar esta expressão: faz-se carne – naqueles que a acolhem em oração. Em alguns textos antigos emerge a intuição de que os cristãos se identificam tão intimamente com a Palavra que, mesmo se todas as Bíblias do mundo fossem queimadas, um “molde” dela ainda poderia ser salvo através da marca que deixou na vida dos santos. Esta é uma bonita expressão.

A vida cristã é obra de obediência e ao mesmo tempo de criatividade.  Um bom cristão deve ser obediente, mas deve ser criativo. Obediente porque ouve a Palavra de Deus; criativo, porque tem dentro o Espírito Santo que o impele a praticá-la, a anunciá-la. Jesus diz isto no final de um dos seus discursos proferidos em parábolas, com esta comparação: “Todo o escri­ba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira coisas novas e velhas do seu tesouro” – o coração (Mt 13,52). As Sagradas Escrituras são um tesouro inesgotável. Que o Senhor nos conceda, a todos nós, haurir delas cada vez mais através da oração. Obrigado.

(Papa Francisco, Audiência geral, 27 de janeiro de 2021).

Organização:

Pe. William Santos Vasconcelos

Canal Whatzapp: (86) 98109-2883