O QUE FAZER PARA TRANSFORMAR CONFLITOS EM OPORTUNIDADES DE AMOR E GENEROSIDADE?”

LER

Mateus 5,38-42

MEDITAR

“Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece” (Mc 4,27).

No Antigo Testamento já havia uma proposta como limite à propagação da vingança “Olho por olho, dente por dente”. Jesus no convida a dar um passo mais além do limite humano, percorrendo um itinerário mais profundo de forma que possa remover, na base, toda e qualquer violência.

O princípio da “não-violência”, está arraigado no nosso interior, e este é o desejo de Deus, o desejo do bem. Assim, o caminho a ser percorrido, o da “não-violência”, inicia com a atitude de divina de “Não retribuir a ninguém o mal com mal […]. Não se deixar vencer pelo mal; mas, vencer o mal pelo poder do bem” (Rm 12,17.21).

REFLEXÃO

  1. As palavras de Jesus dão resposta à “não-violenta” diante das injustiças?
  2. Como posso viver o princípio de “dar a outra face” em minhas relações interpessoais, especialmente em situações de conflito ou injustiça?

CONTEMPLAR

oração: Senhor, cuja misericórdia prevalece sobre o nosso coração como o céu domina a terra, tornai-nos cada vez mais, para nossos irmãos, um reflexo vivo do Vosso amor..

COMPROMISSO

“Faça o propósito de não revidar em situações de conflito e praticar um ato de generosidade, ajudando alguém em necessidade, seja com tempo, recursos ou apoio emocional.”

LEITURA ESPIRITUAL

O triunfo sobre o outro só se consegue fazendo com que o seu mal acabe morrendo, fazendo com que ele não encontre o que procura, ou seja, a oposição, e com isso um novo mal com o qual pode inflamar-se ainda mais. O mal fica enfraquecido se, em vez de encontrar oposição e resistência, for suportado e sofrido de boa vontade. O mal encontra aqui um adversário para o qual não está preparado.

Naturalmente, isso só ocorre onde o último resquício de resistência desapareceu, onde a renúncia de vingar o mal com o mal é completa. Neste caso, o mal não consegue atingir o seu objetivo de criar um novo mal e é deixado sozinho.

O sofrimento desaparece quando é suportado. O mal morre quando o deixamos cair sobre nós sem oferecer resistência. A desonra e a desgraça revelam-se como pecado quando quem segue a Cristo não cai no mesmo defeito, mas os suporta sem agredir. O abuso de poder é condenado quando não encontra outro poder que se oponha a ele. A injusta pretensão de obter a minha túnica fica comprometida quando também desisto do manto, o abuso do meu serviço é visível quando não estabeleço limites. A disponibilidade para dar tudo o que me é pedido mostra que Jesus Cristo me basta e só quero segui-lo. Na renúncia voluntária de se defender, confirma-se e proclama-se a ligação incondicional do seguidor a Jesus, a liberdade e a ausência de vínculos consigo mesmo. Somente na exclusividade desta conexão o mal pode ser superado (Dietrich Bonhoeffer, O preço da lavoura. A seguir, Siga-me, Salamanca 51999, pp. 89-90).

Bom domingo para você e sua família!