SÃO CARLOS BORROMEU

“GENEROSIDADE DESINTERESSADA”

LER

Lucas 14,12-14

“Não convides teus amigos… estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa.” (Lc 14,12).

Jesus através de uma pequena história nos traz um ensinamento profundo para nossas fraternas e as nossas motivações relacionais. Fazendo uma reflexão, por base dos nossos interesses pessoais, podemos nos deparar com o desejo humano de sermos valorizados e recompensados, o que muitas vezes orienta nossas escolhas e limita a extensão de nosso amor. No Evangelho, Jesus nos confronta com uma reflexão sobre o sentido de nossas ações e as motivações que nos movem. Ele nos chama a agir não em busca de recompensas ou de interesses egoístas, mas em um espírito de gratuidade, de serviço que gere comunhão de vidas.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

1. Será que sou generoso de coração ou ajo muitas vezes buscando reconhecimento?

2. Como posso abrir meu coração para amar e acolher sem esperar retorno?

CONTEMPLAR

O importante é “ser” diante de Deus, deixando que essa mensagem crie raízes em sua vida.

COMPROMISSO

Nesta semana, busque realizar um ato de generosidade sem esperar nada em troca (Escreva no seu diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

No Novo Testamento, ressoa intensamente o apelo ao amor fraterno: “Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: ama o teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5,14). “Quem ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. Mas quem tem ódio ao seu irmão está nas trevas” (1Jo 2,10-11). “Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama, permanece na morte” (1Jo 3,14). “Aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4,20).

Mesmo esta proposta de amor podia ser mal compreendida. Foi por alguma razão que, perante a tentação das primeiras comunidades cristãs criarem grupos fechados e isolados, São Paulo exortava os seus discípulos a ter caridade uns para com os outros «e para com todos” (1Ts 3,12) e, na comunidade de João, pedia-se que fossem bem recebidos os irmãos, “mesmo sendo estrangeiros” (3Jo 5). Esse contexto ajuda a entender o valor da parábola do bom samaritano: ao amor não lhe interessa se o irmão ferido vem daqui ou dacolá. Com efeito, é o “amor que rompe as cadeias que nos isolam e separam, lançando pontes; amor que nos permite construir uma grande família onde todos nos podemos sentir em casa (…). Amor que sabe de compaixão e dignidade”.

(Papa Francisco, FRATELLI TUTTI, nº 61 e 62).

Bom dia para você e sua família!