“ENCONTRAR A ALEGRIA DA VIDA”

LER

Lucas 15,1-10

“Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!” (Lc 15,9).

O Evangelho nos leva a compreender que a busca intensa por algo valioso que perdemos reflete a importância de nos reconectarmos com aquilo que nos define e dá sentido à nossa existência. Isso confirma o antigo ditado: “só reconhecemos o valor de algumas coisas, situações e pessoas quando as perdemos”.

Assim como o pastor e a mulher da parábola, é necessário ter coragem e determinação para abandonar o conforto e se aventurar na busca do que nos faz completos. Esse esforço não se trata apenas de encontrar algo perdido, mas sim de reafirmar nosso valor intrínseco e o sentido de sermos inteiros.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

1. Quais são as “ovelhas perdidas” ou “dracmas” na minha vida, isto é, aspectos do meu ser, valores ou relações que tenho negligenciado?

2. Como me identifico com a alegria da descoberta e o desejo de partilhar essa alegria com os outro?

CONTEMPLAR

Feche os olhos, silencie e deixe essa alegria divina permear seu espírito e transformar sua perspectiva sobre o que realmente importa em sua vida.

COMPROMISSO

como posso aplicar a lição do texto em minha vida cotidiana. (Escreva no seu diário espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

Não pode haver cristãos, e muito menos pastores, tristemente parados «a meio caminho», com medo de «sujar as mãos», de ser criticados ou de comprometer a carreira eclesiástica. É Deus quem mostra a cada um de nós e à Igreja o estilo de comportamento, entrando pessoalmente «em acção», indo «sempre em frente, até ao fundo, em saída» com uma só meta: «não perder ninguém!», sobretudo os distantes.

Francisco voltou a propor o trecho do Evangelho de Lucas (15, 1-10): «Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para o ouvir; os fariseus e os escribas murmuravam: “Este homem recebe e come com pessoas de má fama!”». E acrescentou: «Imaginemos as consequências se naquele tempo existissem jornais!». Talvez houvesse títulos como: «O profeta almoça com toda essa gente!». Em síntese, um «escândalo»! E no entanto, «Jesus veio em busca daqueles que se afastaram do Senhor». E explica-nos, narrando «duas parábolas: a do pastor, para explicar que Ele é o bom Pastor; e da mulher» que tem dez moedas e perde uma.

Revendo as parábolas em Lucas, o Papa frisou que as palavras «mais reiteradas neste trecho são “perder”, “procurar”, “encontrar”, “alegria”, “festa”». Estes termos usados por Jesus «levam-nos a ver como é o Coração de Deus: Ele não se detém, não vai só até um certo ponto». Não, «Deus vai até ao fundo, sempre até ao limite; não pára a meio caminho da salvação, como se dissesse: “fiz tudo, o problema é deles!”». Deus «entra sempre em ação». A tal propósito, Francisco evocou uma frase muito bonita do Êxodo: «Ouvi as lamentações dos israelitas, que os egípcios escravizaram, e vou ao seu encontro». Sim «Deus ouve a lamentação e parte: o Senhor é assim! O seu amor é assim: Ele vai ao limite!».

(Papa Francisco, Meditações matutinas na santa missa celebrada na capela da Domus Sanctae Marthae, Deus vai sempre até ao limite, 06/11/2014.

Bom dia para você e sua família!