“O CÉU COMEÇA DENTRO DE VOCÊ”
LER
Lucas 17,26-37
“Senhor, onde acontecerá isso?” (Lc 17,37).
No Evangelho de hoje, Jesus nos convida a olhar para dentro de nós mesmos. A pergunta que devemos fazer não é tanto sobre “onde” ou “quando”, mas se estamos prontos e dispostos a reconhecer a presença de Deus aqui e agora, no nosso dia a dia.
A resposta de Jesus é um chamado a estar atentos aos sinais de vida e morte espirituais ao nosso redor e, mais importante, em nós mesmos. O Reino de Deus acontece onde há fé, esperança, alegria e amor. É nesse espaço de encontro entre o divino e o humano, espaço teologal, que encontramos o verdadeiro sentido da pergunta dos discípulos — e a resposta de Jesus ecoa como uma verdade que transcende tempos e lugares.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).
MEDITAR
1. Consigo fazer uma revisão da minha maneira de viver a fé?
2. Como posso revisar e aprimorar minha maneira de viver a fé no meu dia a dia?
CONTEMPLAR
Medite sobre as situações em que você também procura certezas e sinais evidentes em sua jornada espiritual.
COMPROMISSO
Dedique um tempo diário à reflexão e oração, reconhecendo e nutrindo os aspectos da sua vida onde a fé pode ser fortalecida e vivida de forma mais autêntica. (espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
«Hoje — afirmou Francisco — a Igreja, o Senhor, com aquela sua bondade, diz a cada um de nós: reflete, nem todos os dias serão assim; não te habitues como se esta fosse a eternidade; chegará o dia em que serás tomado, o outro deixado, tu serás tomado». Em síntese, «assim é estar com o Senhor, pensar que a nossa vida terá fim, e isto faz bem porque o podemos pensar no início do trabalho: talvez hoje seja o último dia, não sei, mas farei bem o trabalho». E «farei» bem também «nas relações em casa, com quem me circunda, com a família: comportar-se bem, talvez seja o último dia, não sei». Devemos pensar o mesmo «também quando vamos a uma consulta médica: ela será mais uma ou será o início das últimas visitas?».
«Pensar na morte não é uma má fantasia, é uma realidade», insistiu o Pontífice, explicando: «Se é má ou não depende de mim, como eu penso nela, mas acontecerá e tratar-se-á do encontro com o Senhor: será este o aspeto positivo da morte, o encontro com o Senhor, será ele que vem ao encontro, será ele a dizer “vem, vem, bendito de meu Pai, vem comigo”». De nada serve dizer: «Mas, Senhor, espera que tenho que resolver isto e aquilo». Porque «não se pode resolver nada: naquele dia quem estiver no terraço e tiver deixado as suas coisas em casa que não desça: onde estiveres te tomarão, tomar-te-ão no terraço e tu deixarás tudo».
Contudo, «teremos o Senhor, esta é a beleza do encontro», tranquilizou o Papa. «Há dias — acrescentou — encontrei um sacerdote, com cerca de sessenta e cinco anos: não se sentia bem, foi ao médico» o qual «depois da consulta» lhe «disse: “O senhor tem este problema, é uma coisa negativa, mas talvez estejamos a tempo para o curar, faremos isto; se não resultar faremos esta outra coisa e se não se resolver começaremos a caminhar e eu o acompanharei até ao fim”». Portanto, comentou Francisco, «aquele médico era bom! Com quanta ternura disse a verdade; acompanhemo-nos nós também neste caminho, vamos juntos, trabalhemos, façamos o bem e tudo, mas sempre olhando para lá».
(Papa Francisco, Meditações matutinas na santa missa celebrada na capela da casa Santa Marta, 17/11/2017).
Bom dia para você e sua família!
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