“PERSEVERE NA ORAÇÃO, DEUS AGE NO TEMPO CERTO!”

LER

Lucas 18,1-8

“Senhor, onde acontecerá isso?” (Lc 17,37).

As palavras de Jesus nos fazem entender que na caminhada da vida, a verdadeira vitória não está apenas em obter respostas rápidas, mas em manter viva a esperança e a coragem de buscar o que é certo. Perseverar, apesar das incertezas, é um ato de fé em si mesmo. A viúva é um exemplo de como a perseverança transforma e traz à tona a força interior necessária para enfrentar as adversidades. Jesus, ao contar essa parábola, nos convida a renovar nossa visão sobre o que significa confiar em Deus, lembrando que Ele vê e cuida, mesmo quando os olhos humanos falham em enxergar.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

1. O que essa parábola me diz hoje?

2. Quem eu sou nessa história? Por quê?

CONTEMPLAR

A contemplação não exige ações, apenas uma abertura para o que Deus está comunicando por meio do texto e uma imersão na experiência da fé.

COMPROMISSO

Como posso perseverar na perseverar na oração e a refletir sobre a fé que sustenta minha vida? (espiritual).

LEITURA ESPIRITUAL

Desta parábola Jesus haure uma dupla conclusão: se a viúva conseguiu convencer o juiz desonesto com os seus pedidos insistentes, tanto mais Deus, que é Pai bom e justo, «fará justiça aos seus escolhidos, que clamam por Ele dia e noite»; e além disso, não os «fará esperar muito tempo», mas agirá «imediatamente» (vv. 7-8).

Por isso Jesus exorta a rezar «sem se cansar». Todos nós sentimos momentos de cansaço e de desânimo, sobretudo quando a nossa oração parece ineficaz. Mas Jesus tranquiliza-nos: diversamente do juiz desonesto, Deus atende os seus filhos de modo imediato, embora isto não signifique que o faça segundo os tempos e modos que nós gostaríamos. A oração não é uma varinha mágica! Ela ajuda a conservar a fé em Deus, a confiar em Deus até quando não compreendemos a sua vontade. Nisto, o próprio Jesus — que rezava muito! — serve-nos de exemplo. A Carta aos Hebreus recorda que «nos dias da sua vida mortal, [Ele] dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade» (5, 7). À primeira vista esta afirmação parece improvável, porque Jesus morreu na cruz. E no entanto a Carta aos Hebreus não se engana: Deus salvou verdadeiramente Jesus da morte, vencendo-a com uma vitória completa, mas o caminho que teve de percorrer para a alcançar passou através da própria morte! A referência à súplica que Deus atendeu remete para a oração de Jesus no Getsémani. Tomado pela angústia incumbente, Jesus reza ao Pai para que o livre do cálice amargo da paixão, mas a sua prece está permeada de confiança no Pai e Ele entrega-se incondicionalmente à sua vontade: «Contudo — diz Jesus — não se faça o que Eu quero, mas sim o que Tu queres» (Mt 26, 39). O objeto da oração passa para segundo plano; o que importa antes de tudo é a relação com o Pai. Eis o que faz a oração: transforma o desejo, modelando-o segundo a vontade de Deus, qualquer que ela seja, porque quem ora aspira em primeiro lugar à união com Deus, que é Amor misericordioso.

(Papa Francisco, Audiência geral, 25/05/2016).

Bom dia para você e sua família!