SANTO ANDRÉ
“CHAMADOS E ENVIADOS”
LER
Mateus 4,18-22
“Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens” (Mt 4,19).
Na festa de Santo André, o Evangelho nos faz ver que o chamado de Jesus continua ecoando nos nossos corações. Ao meditarmos sobre o relato dos primeiros discípulos, somos convidados a renovar o nosso compromisso de segui-Lo e a viver o Evangelho de forma radical. A mensagem de Jesus de forma clara e inspiradora, nos convida a um encontro pessoal com Deus e como resposta nosso compromisso com a Evangelização.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).
MEDITAR
1. Quais são as “redes” que me prendem e impedem de seguir a Jesus de forma plena?
2. Qual é a minha missão na Igreja?
CONTEMPLAR
Coloque-se no cenário do Evangelho imaginando Jesus convidando-lhe para segui-lo e enviando você para uma missão na sua família, no seu trabalho e na sua Comunidade.
COMPROMISSO
Como está minha disposição para ser testemunha do Evangelho de Cristo? (Escreva no seu diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
Os discípulos eram pescadores: Jesus chamou-os precisamente enquanto trabalhavam. André e Pedro trabalhavam com as redes. Deixaram-nas e seguiram Jesus (Mt 4,18-20). Assim como João e Tiago: deixaram o pai e os jovens que trabalhavam com eles e seguiram Jesus (Mt 4,21-22). A chamada teve lugar precisamente na sua profissão de pescadores. E este trecho do Evangelho de hoje, o milagre, esta pesca milagrosa, faz-nos pensar noutra pesca milagrosa, descrita por Lucas (Lc 5,1-11): também aqui aconteceu o mesmo. Tiveram uma boa pesca, quando pensavam que não a teriam. Depois do sermão, Jesus disse: «Fazei-vos ao largo» – «Mas trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos» – «Ide». «Mas por causa da tua palavra», disse Pedro, «lançarei as redes». Apanharam tantos peixes – diz o Evangelho – que «ficaram admirados» (Lc 5,9), diante daquele milagre. Hoje, nesta pesca, não se fala de admiração. Vê-se uma certa naturalidade, vê-se que houve progresso, um caminho percorrido no conhecimento do Senhor, na intimidade com o Senhor; direi a palavra certa: na familiaridade com o Senhor. Quando João viu isto, disse a Pedro: «É o Senhor!», e Pedro cingiu-se com a túnica, lançou-se na água e foi ao encontro do Senhor (Jo 21,7). A primeira vez, ajoelhou-se diante d’Ele: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador» (cf. Lc 5, 8). Mas desta vez nada diz, é mais natural. Ninguém perguntou: “Quem és?”. Sabiam que era o Senhor, o encontro com o Senhor era natural. A familiaridade dos apóstolos com o Senhor tinha crescido.
Também nós, cristãos, no itinerário da nossa vida, estamos a caminho e devemos progredir na familiaridade com o Senhor. Diria que o Senhor está um pouco “à mão”, mas “à mão” porque caminha conosco, sabemos que é Ele. Ninguém lhe perguntou, “quem és?”: sabiam que era o Senhor. A familiaridade do cristãocom o Senhor é diária. Sem dúvida, juntos comeram o peixe e o pão, e certamente falaram de muitos assuntos com naturalidade.
Esta familiaridade dos cristãos com o Senhor é sempre comunitária. Sim, é íntima, pessoal, mas em comunidade. Uma familiaridade sem comunidade, sem Pão, sem Igreja, sem povo, sem sacramentos, é perigosa. Pode-se tornar uma familiaridade – digamos – gnóstica, uma familiaridade só para mim, desligada do povo de Deus. A familiaridade dos apóstolos com o Senhor foi sempre comunitária, sempre à mesa, um sinal da comunidade. Sempre com o Sacramento, com o Pão.
(Papa Francisco, Homilia, Celebração matutina na Santa Missa celebrada na casa Santa Marta, 17/04/2020).
Bom dia para você e sua família!
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