“A FÉ DISSIPA O MEDO E RENOVA A VIDA”
LER
Marcos 6,45-52
“Coragem, sou eu! Não tenhais medo!” (Mc 6,50).
O Evangelho acentua da necessidade de que reconheçamos que os ventos contrários, nos acontecimentos da nossa vida, não são sinais de abandono, mas oportunidades de experimentar a presença de Deus de forma mais profunda. As travessias que fazemos circunstancialmente é uma chance de crescer, de confiar e de aprender que Jesus está conosco, mesmo nos momentos mais difíceis.
Enfrentemos nossas próprias tempestades, que possamos lembrar das palavras de Jesus: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” Que este convite nos ajude a viver com confiança e entrega, certos de que nunca estamos sozinhos.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).
MEDITAR
- Quais são os ventos contrários que eu enfrento hoje?
- Reconheço a presença de Jesus em meio às suas tempestades ou, como os discípulos, tem dificuldade de percebê-lo?
CONTEMPLAR
Pense nas vezes em que você sente medo e como o convite de Jesus – “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” – pode transformar sua postura diante dos desafios.
COMPROMISSO
Seja para alguém o “barco seguro”, ajudando quem enfrenta tempestades na vida. (Escreva no seu diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
[…] «Como endurece um coração? Como é possível que as pessoas que estavam sempre com Jesus, todos os dias, que o ouviam e viam… e os seus corações estavam endurecidos. Mas de que modo um coração se torna assim?». E contou: «Ontem perguntei ao meu secretário: Diz-me, como um coração endurece? E ele ajudou-me a refletir sobre isto». Eis então a indicação de uma série de circunstâncias com as quais cada um pode confrontar a própria experiência.
Antes de tudo, disse Francisco, o coração «endurece-se por experiências dolorosas, duras». Outro motivo que faz endurecer o coração é «o fechamento: construir um mundo em si mesmo». Trata-se de um fechamento gerado pelo orgulho, pela suficiência, pelo pensamento que somos melhores do que os outros», ou também «pela vaidade». Algumas pessoas vivem fechadas e olham só para si mesmas, continuamente. Poderiam ser definidas «narcisistas religiosas». Um ulterior motivo de endurecimento do coração é a insegurança. Atitude típica de quantos «são muito apegados à letra da lei». Como acontecia com os fariseus, explicou o Pontífice.
Eis a resposta à pergunta inicial. De fato, «o coração endurece-se quando não é livre, e se não é livre é porque não ama». Conceito expresso na primeira leitura da liturgia do dia (1Jo 4,11-18), na qual o apóstolo fala do «amor perfeito» que «afugenta o temor». Com efeito, «no amor não há temor, porque o temor supõe um castigo e quem teme não é perfeito no amor. Não é livre. Sente sempre o temor que aconteça algo de doloroso, de triste», que o leva a «estar mal na vida ou a pôr em risco a salvação eterna». O coração dos discípulos, explicou o Papa, «estava endurecido porque ainda não tinham aprendido a amar».
Quem nos ensina a amar? Quem nos liberta da dureza? «Só o Espírito Santo o pode fazer», esclareceu Francisco. «Podes fazer mil cursos de catequese, de espiritualidade, ioga, zen, etc., mas tudo isto nunca será capaz de te dar a liberdade de filho».
E concluiu: «peçamos ao Senhor a graça de ter um coração dócil. Que ele nos salve da escravidão do coração endurecido» e «nos acompanhe na bonita liberdade do amor perfeito, a liberdade dos filhos de Deus, que só o Espírito Santo pode conceder».
(Papa Francisco, Meditações matutinas na santa missa celebrada na capela da domus Sanctae Marthae, 09/01/2015).
Bom dia para você e sua família!
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