“MISERICÓRDIA”

LER

João 8,1-11

“Podes ir, e de agora em diante não peques mais” (Jo 8,11).

O Evangelho de hoje nos faz olhar para nosso interior e perceber a complexidade das nossas escolhas e nossas falhas. A mulher adúltera não é apenas uma mulher condenada; ela é, na verdade, uma metáfora de todos nós, chamados a uma nova vida, a uma nova chance, a uma liberdade que se encontra no perdão e na renovação de nossas atitudes e escolhas.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

  1. O que este texto diz sobre a misericórdia de Deus?
  2. Como a atitude de Jesus me desafia a agir nas minhas próprias dificuldades ou no julgamento que faço dos outros?

LEITURA ESPIRITUAL

Talvez não tenhamos compreendido que Jesus se revelou ao mais distante, ao mais desprezado. Jesus não pede à samaritana, à adúltera ou ao ladrão que se confessem. Mas quando os olha com ternura infinita, eles se rendem.
Mas, no fundo, o que é o pecado? Em que consiste o mal? Onde vemos uma injustiça, um pecado, talvez Deus veja apenas um sofrimento, um grito de socorro que Ele ouve. Será isso a minha misericórdia? Será esse o motivo de Sua vinda ao nosso mundo?
Quando Deus se faz homem, todo o mal do mundo recai sobre Suas costas. E Ele, deste mal, só sabe extrair amor, amor que manifestará até seu último suspiro de vida, até a última gota de sangue, até experimentar o maior sofrimento humano: a morte.
Aquele que errou muito contra Cristo, mas percebe que Ele assumiu todo o seu sofrimento, se torna louco de amor por Deus e não vê a hora de fazer pelos outros o que Jesus fez por ele. Os verdadeiros convertidos não podem deixar de se assemelhar a Cristo, unindo-se à Sua luta contra o mal, tornando-se outros tantos crucificados, cravados pelo sofrimento dos outros até fazê-lo ressurgir em amor. O mundo fala de arrependimento, de penitência… é só o amor que arde (E.-M. Cinquin, Tufti contro, meno Dios. L’utopia di Betania, Turim 1984, 49-52, passim).
Mas depois ressuscita: o amor é mais forte que a morte. O sofrimento vivido por todos os humanos, desde o do mais pequeno, o mais frágil, o ainda não nascido, a criança que nunca crescerá, até o do criminoso ou o do santo, Ele o resgatou em Sua própria pele, transformando-o em puro amor para a eternidade. Basta que O sigamos pelo mesmo caminho. Trata-se de aceitar, de acolher o sofrimento, tentando impedir que se transforme em mal. No outro, só devo ver o sofrimento que precisa ser superado com o amor.
Jesus assumiu o sofrimento de Maria Madalena. Esse sofrimento que ela, por levianismo, ou por vingança, ou por medo de sofrer, deixou se transformar em pecado […]. Aquele que errou muito contra Cristo, mas percebe que Ele assumiu todo o seu sofrimento, se torna louco de amor por Deus e não vê a hora de fazer pelos outros o que Jesus fez por ele. Os verdadeiros convertidos não podem deixar de se assemelhar a Cristo, unindo-se à Sua luta contra o mal, tornando-se outros tantos crucificados, cravados pelo sofrimento dos outros até fazê-lo ressurgir em amor. O mundo fala de arrependimento, de penitência… é só o amor que arde (E.-M. Cinquin, Tufti contro, meno Dios. L’utopia di Betania, Turim 1984, 49-52, passim).)

COMPROMISSO

Lembre-se da atitude de Jesus diante da mulher adúltera. Ele não a condenou, mas ofereceu perdão e uma chance de recomeço. (escreva no seu Diário espiritual).

Bom domingo para você e sua família!