“CONFIANÇA E ENTREGA”

LER

João 13,21-33.36-38

“Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará” (Jo 13,21). 

No Evangelho de hoje somos chamados a seguir aquele que se entrega, a viver não em nossos medos ou trações, mas em nossa capacidade de entregar o que temos de melhor: nossa fé, nossa confiança, nossa dedicação ao amor.

Em cada momento, mesmo quando caímos ou falhamos, Jesus está lá, com o coração comovido e cheio de compaixão, pronto para nos receber de volta. A verdadeira liberdade existencial nasce da nossa escolha de não viver na traição, mas na entrega de nós mesmos no amor.

(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor espiritual).

MEDITAR

  1. O que o texto me faz meditar?
  2. Como reajo quando percebo que fui infiel a quem me ama?

LEITURA ESPIRITUAL

A miséria do homem consiste em ter traído a Deus.
Nenhuma injustiça humana será realmente reparada enquanto não se reparar essa injustiça para com Deus. Acusamo-nos uns aos outros, e todos somos culpados. E os mais culpados somos nós, os cristãos medíocres. Sempre teremos que fazer essa confissão, sempre seremos indignos de Cristo.
Mas não é hora de julgar o homem quando Deus agoniza em nossos corações.

Certamente, há necessidades materiais que devemos atender hoje, pois há misérias corporais que não podem ser adiadas nem por uma hora. Minha intenção não é tanto diminuir o sentimento de urgência, mas mostrar que sua existência provém do nosso abandono de Deus, e que sua cura derivará, infalivelmente, do nosso retorno a Ele.

O que torna grave — e ao mesmo tempo grandiosa — a hora presente é que todos os problemas carregam, de maneira muito intensa, uma ressonância mística: comprometem o Reino de Deus e nos impõem o dever inexorável de socorrer a Deus crucificado, condenado por nosso egoísmo e prisioneiro de seu Amor; compadecendo-nos de sua dor antes de nos enternecermos com a nossa, esforçando-nos por aliviar a ferida que faz jorrar sangue de seu coração.

Agora é tempo de ir ao seu encontro no caminho doloroso ao qual as culpas humanas o arrastam, martirizando seu rosto na alma pecadora. É necessário que nosso coração se torne sacramento do dele, e que nenhum dos nossos irmãos possa se lamentar de não ter encontrado em nós sua ternura.

Então diminuirão a dor e a sombra que se projetam sobre o rosto do Amor.

(M. Zundel, // Vangelo interiore, Padua 1991, 54-56, passim).

COMPROMISSO

Se tiver alguém que você magoou reze por ela e se possível, peça perdão. (escreva no seu Diário espiritual).

Bom dia para você e sua família!