“PERSEVERANÇA NA RADICALIDADE”
LER
Mateus 10,16-23
“Quem perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 10,22).
Sabemos que em momentos de crise ou de sofrimento, é natural sentir-se tentado(a) a desistir. No entanto, a palavra de Jesus nos desafia a manter nossa confiança, a nossa esperança e nossa busca por justiça e paz. A perseverança até o fim, então, não é apenas uma questão de esperar, mas de continuar agindo, de continuar buscando sentido e propósito, mesmo quando tudo ao nosso redor parece indicar o contrário.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- O que tem me desafiado a perseverar até o fim?
- Quais são os valores que me orientam nesse caminho, mesmo nas dificuldades?
COMPROMISSO
Mantenha a fé e a integridade em meio às dificuldades, buscando sempre agir com paciência e esperança, sem desistir diante das adversidades. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
Para os monges, Jesus Cristo é o modelo da humanidade por excelência. O fato de suportar os sofrimentos, os insultos, as acusações, a humilhação por amor a Cristo – trata-se do conteúdo de uma das bem-aventuranças (Mt 5,10-12) – é um ideal luminoso para quem vive no deserto; é expressão de humildade. Agora bem, o que projeta sua sombra de forma impressionante ao longo de toda a literatura dos apotegmas é o exemplo de humildade que Cristo oferece pessoalmente, sua kenose, seu esvaziar-se de si mesmo (Flp 2). Os pais do deserto tentaram seguir Cristo, percorrendo seu caminho de humildade, compartilhando seus sofrimentos, pagando sua dívida de amor àquele que sofreu por eles. Esse aspecto da vida de Cristo é, de forma evidente, um dos traços mais comoventes e marcantes dos monges do deserto. Seus ditos refletem o esforço incansável que dedicaram para realizar esse sentido em suas próprias vidas. Dessa forma, esperavam levar Cristo para a vida no deserto.
Para o padre Poemen, o objetivo da vida do monge no deserto só pode ser entendido, em sua totalidade, em referência às bem-aventuranças. «Acaso não viemos a este lugar para a fadiga (cf. Mt 5,1 Oss)?», pergunta o ancião. De forma análoga, o padre Pafnúncio indicou o caminho da humildade traçado pelas bem-aventuranças a um irmão que lhe pediu uma palavra: «Vai e ama as tribulações mais do que a quietude, o desprezo mais do que a alegria, dar mais do que receber» (D. Burton Christie, La Parola nel deserto, Magnano 1998, pp. 350ss).
Bom dia para você e sua família!
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