“MISERICÓRDIA”
LER
Lucas 10,25-37
“Quem é o meu próximo?” (Lc 10,29).
Jesus, no Evangelho de hoje. nos chama a olhar para o outro com os olhos do coração, a reconhecer que o “próximo” está muitas vezes onde não esperamos e, principalmente, que o amor ao próximo é uma escolha diária, que exige de nós uma resposta concreta, não apenas palavras.
Que a parábola do Bom Samaritano nos inspire a expandir os limites do nosso amor e a viver a compaixão como um estilo de vida. Que possamos ser próximos uns dos outros, vivendo a misericórdia e a graça que Jesus nos ensina, sem esperar que o outro se encaixe em nossos padrões, mas amando-o pela simples razão de ser humano.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- Quem é o “meu próximo” na minha vida diária?
- Estou disposto(a) a agir como o Bom Samaritano?
COMPROMISSO
Como posso acolher o próximo com compaixão, sem esperar nada em troca? (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
Ao longo da história, sempre que homens e mulheres foram capazes de responder aos acontecimentos do mundo, tomando-os como oportunidades para amadurecer sua própria coragem, uma fonte inesgotável de generosidade e de vida nova se abriu, abrindo uma esperança que superava toda previsão humana. Se pensarmos nas pessoas que nos infundiram esperança, fortalecendo nosso espírito, descobrimos com frequência que elas não eram, de maneira alguma, profissionais do aconselhamento, da admoestação e da moral, mas apenas pessoas capazes de expressar, com suas palavras e ações, a condição humana da qual participavam, e que nos incitaram a enfrentar os fatos reais da vida.
Os pregadores que reduzem o inexplicável a um problema, oferecendo soluções como serviços médicos de emergência, nos deprimem, pois evitam a piedosa solidariedade de onde provém a cura. Nem Kierkegaard, nem Sartre, nem Camus, nem mesmo Solzhenitsyn nunca ofereceram soluções. No entanto, muitos dos que os leem encontram energias para continuar na busca. Quem não foge de nossas dores, mas as toca piedosamente, nos cura e nos fortalece.
A verdade é que a parábola consiste no fato de que o início da cura está na solidariedade nesse sofrimento. Em nossa sociedade, voltada para as soluções, cada vez é mais importante perceber que tentar aliviar a dor sem compartilhá-la é como tentar salvar uma criança de uma casa em chamas sem correr o risco de se queimar.
(H. J. Nouwen, Viaggio spirituale per l’uomo contemporaneo, Brescia 1999, p. 54).
Bom domingo para você e sua família!
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Ops...
Você precisa estar autenticado para enviar comentários.