“A FÉ AUTÊNTICA ABRE PORTAS”
LER
Mateus 23,13-22
“Ai de vós, guias cegos!” (Mt 23,26).
Jesus nos confronta com a incoerência entre aparência e essência. Jesus denuncia os que fecham as portas do Reino, impondo fardos sem vivê-los de fato. Essa palavra nos convida a refletir sobre nossas atitudes: quantas vezes exigimos dos outros o que não conseguimos praticar? A religião, quando reduzida a regras, perde o sentido de encontro com Deus e com o próximo. O chamado de Cristo é à autenticidade: viver a fé de dentro para fora. Nossa vida deve ser ponte e não barreira, caminho de acolhida e não de exclusão. Deus não deseja máscaras, mas corações sinceros. Que sejamos testemunhas de uma fé que liberta, humaniza e conduz ao Reino.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- Minhas atitudes aproximam as pessoas de Deus ou, pelo contrário, as afastam?
- Estou vivendo minha fé com sinceridade ou apenas de aparência?
COMPROMISSO
Manifeste atitudes que demonstrem a sua fé com sinceridade. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
O Senhor condena a hipocrisia dos escribas e fariseus e indica o seu castigo. O «Ai de vós!», de fato, expressa sofrimento. Ele diz, em seguida, que eles fecham o Reino dos Céus, porque escondem na lei a preparação da verdade que está em Cristo; ocultam, com uma falsa doutrina, a sua vinda corporal anunciada pelos profetas e, não trilhando eles próprios o caminho da eternidade em Cristo, também não deixam que os outros entrem. Por sua rejeição da verdade, pelo fato de impedir aos outros o acesso à salvação, sofrerão uma condenação ainda maior, pois não apenas deverão expiar seus pecados pessoais, mas também pagar pela culpa da ignorância alheia.
Ao dizer depois que percorrem “mar e terra” (Mt 23,15), indica que denegrirão o Evangelho de Cristo em todas as partes do mundo e submeterão alguns ao jugo da Lei, contrário à justificação pela fé. Na verdade, foi o próprio Cristo quem deu a Lei, mas esta não continha a realidade, e sim apenas preparava a sua realização. A ornamentação do altar e do templo não tinha importância em si mesma para aquele culto, mas a sua beleza representava a imagem futura. Por isso são insensatos e cegos, pois veneram objetos santificados, esquecendo-se d’Aquele que os santificou.
(Hilário de Poitiers, Comentário a Mateus XXIV, 3-6, passim).
Bom dia para você e sua família!
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