“NÃO FECHE O CORAÇÃO ÀS MENSAGENS QUE A VIDA OFERECE, SEJA NA ALEGRIA OU NA DOR”
LER
Lucas 7,31-35
“Tocamos flauta e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes” (Lc 7,32).
No Evangelho de hoje Jesus lamenta a insensibilidade de seu povo, que não respondeu às diferentes formas de mensagem que lhes foram enviadas. O que ele nos ensina é que, muitas vezes, nos recusamos a ouvir ou a reagir aos sinais de mudança, seja por medo, apatia ou incompreensão. A flauta tocada simboliza os momentos de alegria e celebração, enquanto as lamentações representam os momentos de dor e sofrimento. A falta de resposta a ambos revela a dificuldade humana em se conectar com a verdade, com a beleza e com a dor. Em um mundo cada vez mais insensível, somos chamados a prestar atenção aos sinais de vida ao nosso redor, a sermos mais receptivos e a abraçar as mensagens que nos transformam. Não podemos viver em um estado de indiferença, mas precisamos aprender a sentir, a agir e a ser tocados pelas circunstâncias.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- O que tenho ignorado em minha vida que poderia me transformar, seja na alegria ou na dor?
- Como posso me tornar mais receptivo(a) às mensagens e aos sinais ao meu redor?
COMPROMISSO
Seja atento(a) aos sinais ao seu redor, buscando viver com mais empatia e receptividade. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
Perguntemos agora aos judeus: a austeridade é uma coisa boa? Louvando o jejum, então deveriam ter sido persuadidos por João, deveriam tê-lo aceitado, crido em suas palavras, e essas palavras deveriam tê-los conduzido a Cristo. E se responderem que o jejum é uma prática prejudicial e insuportável, então lhes diremos que deveriam ter sido convencidos por Cristo e crido nele, que seguiu um caminho diferente do trilhado por João. Com um ou outro desses dois modos de viver, teriam entrado no Reino dos Céus.
No entanto, em vez de se servirem desse duplo meio que lhes foi oferecido para se salvar, preferiram atacar furiosos tanto João quanto Jesus. Portanto, não devemos acusar os que não foram acreditados: toda a culpa recai sobre aqueles que não quiseram crer. Nenhum homem razoável louva e vitupera ao mesmo tempo duas coisas contrárias entre si. Por exemplo, quem gosta do homem alegre e bem-humorado não gosta do de temperamento sério e severo […].
Eu e João, diz Jesus em essência, temos o mesmo pensamento: comportamo-nos, é verdade, de maneira diferente, mas essa aparente diferença não nos impediu de ter o mesmo fim. Mais ainda, precisamente nossa perfeita união, que visava um fim idêntico, nos levou a comportar-nos de maneira diferente: então, qual desculpa vos resta agora? Por isso, o Senhor acrescenta: “A sabedoria foi justificada por todos os filhos seus”. É como se dissesse: “Embora vocês não tenham querido crer em mim, não têm, de qualquer forma, motivo para me reprovar”.
(João Crisóstomo, Comentário ao Evangelho segundo Mateus, Roma 1966, p. 177 [edição espanhola: São João Crisóstomo: Obras, Biblioteca de Autores Cristãos, Madrid 1955]).
Bom dia para você e sua família!
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