“ANUNCIAR A BOA-NOVA É CURAR COM O CORAÇÃO E AGIR COM AMOR”
LER
Lucas 9,1-6
“Os discípulos partiram, anunciando a Boa-Nova e fazendo curas em todos os lugares” (Lc 9,6).
Os discípulos não apenas pregavam a Boa-Nova, mas também curavam as feridas humanas, levando esperança e cura aos que mais precisavam. Hoje, somos chamados a fazer o mesmo: levar a mensagem do Evangelho, não apenas com palavras, mas com atitudes que curam, restauram e promovem vida. Em um mundo marcado por dores e desafios, a presença de Cristo em nossa vida deve ser visível na forma como tratamos o próximo. Somos todos missionários da compaixão, curando com o poder do amor e da solidariedade.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- Como posso ser um instrumento de cura na vida das pessoas ao meu redor?
- De que maneira estou anunciando a Boa-Nova através das minhas ações diárias?
COMPROMISSO
Pratique a compaixão em suas atitudes, levando a mensagem de Cristo através de gestos de cuidado e acolhimento. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
O apóstolo é um pobre. Sempre o foi, se for um verdadeiro apóstolo. Mas hoje, especialmente, ele se sente imerso em uma grande pobreza em suas relações com um mundo muito mais forte e atrevido, frente ao qual muitas vezes se sente desarmado, inferior, sem argumentos incisivos, sem apoios ou pontos de contato, sem meios eficazes […].
Acontece que, apesar de tudo, apesar de toda boa vontade, apesar de todos os meios usados, você poderá se sentir desesperadamente pobre.
Você trabalhou o dia todo, quebrou a cabeça com um monte de obstáculos, se lançou sem esperar nada em troca, esgotou seus recursos, se empenhou o melhor que podia, se preparou meticulosamente para tudo o que tinha que fazer, não deixou nada de fora, e parece que chega ao seu quarto com as mãos vazias. E surge em você a dúvida: consegui alguma coisa? Foi inútil todo esse trabalho? Como saber se o que fiz está certo ou errado? Parecia que todos estavam tão distantes das minhas e das suas preocupações, Senhor! Se ao menos eu tivesse alguém com quem trocar duas palavras sobre essa impressão, em quem confiar essa sensação de vazio! Não será talvez inútil todo o meu trabalho? As pessoas caminham por caminhos tão diferentes! Elas me aceitam até certo ponto, enquanto não espero que deem o salto para a fé. Então vejo uma avaliação surgir; sinto-me então sozinho com meu segredo e minha paixão não compreendida; sinto-me então observado até como algo estranho e anacrônico. Que pena, parecem dizer, que uma pessoa tão moderna e capaz ainda se obstine e insista em coisas que não são necessárias!
Que cansaço continuar nesse caminho de raciocínios e tentativas tão diferentes! Não há uma saída? Não está o mundo se tornando cada vez mais selvagem? Vale a pena continuar me dando, me dando, me dando, para frutos que há anos espero em vão? Servidor trabalhador, e servidor inútil: é assim que você se sente nesses momentos!
No entanto, é agora que você está jogando o seu amanhã: se você parar aqui para saborear sua própria amargura — e é fácil, porque o vazio chama o vazio, o abismo chama o abismo —, você cairá na amargura e no desespero. Perceberá apenas o limite de suas forças, sentirá apenas a insignificância de sua pobreza.
Mas se você voltar o olhar para sua riqueza, se esse cinza e distante vazio o preencher logo com Aquele em cujo nome você trabalhou e suou e aceitou um resultado incerto, você selará naquele momento, com o poder do amor, aquele dia que começou por amor, vivido no amor, aceito em tudo com amor. E estará preenchendo sua pobreza com seu tesouro, e assim, a partir daí, o sentirá ainda mais seu, próximo de você como nunca, como nunca, sua força superabundante.
(P. G. Cabra, Amarás com todas as suas forças (Pobreza), Sal Terrae, Santander, 1982, pp. 59-62).
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Bom dia para você e sua família!
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