SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS
“SEGUIR COM OUSADIA”
LER
Lucas 9,57-62
“Alguém disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores” (Lc 9,57).
Seguir Jesus é comprometer-se com algo que transcende as conveniências da vida cotidiana. Jesus nos desafia a ir além do conforto, a viver com um sentido que muitas vezes foge à nossa compreensão, mas nos realiza de forma plena. Ele nos chama a sermos mais do que seguidores; Ele nos convida a sermos discípulos, dispostos a deixar para trás as seguranças temporais em nome de uma vida mais profunda e autêntica. O chamado de Jesus nos toca no íntimo, desafiando nossas certezas e levando-nos a confrontar nossas escolhas mais profundas.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- Quais são as “seguranças” que preciso deixar para seguir o chamado de Jesus de maneira mais autêntica?
- O que significa seguir Jesus em minha vida diária, em meio às minhas dificuldades e alegrias?
COMPROMISSO
Decida a seguir Jesus com confiança, mesmo quando o caminho for desafiador, confiando que Ele está com você. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
Teresa do Menino Jesus é uma figura que me é muito entranhável, que sinto próxima e companheira de caminho porque, quanto mais aprofundamos em sua «pequena via», mais percebemos que se trata, na verdade, da única via. Fé pura e amor puro, com a aceitação consciente de não ver nada, de ser fraca e imperfeita; como outros santos, Teresa começa ali onde a maioria dos cristãos se detém. Mas há um aspecto de sua experiência que gostaria de sublinhar, a experiência da laceração interior, indicada por ela com estas palavras: «Névoas que me cercam, penetrando na alma», «tormento que se redobra», «não quero continuar escrevendo sobre isso; temeria blasfemar», «trevas cada vez mais densas», «luta e tormento não durante alguns dias, não durante algumas semanas». É o sofrimento de quem se sente unid
o a Deus e não pode pôr em dúvida esse vínculo, mas ao mesmo tempo se sente solidário com o homem, com seus próprios irmãos, com as pessoas cuja sorte, esperanças e angústias compartilha até o fim. Teresa vive atraída irresistivelmente pela pátria luminosa e, ao mesmo tempo, completamente envolvida pelas trevas de uma terra opaca e afligida por névoas impenetráveis. Mais ainda, a imagem que usa é a de se sentir sentada à mesa cheia de amargura, onde comem os pecadores, os incrédulos […].
Teresa é santa porque aceitou essa laceração interior e a viveu com a certeza de que, em Cristo morto na cruz, essa laceração seria recomposta em unidade. Escreve: «Atrai-nos, Jesus, com o fogo do teu amor, une-nos a ti tão estreitamente que sejas tu mesmo quem viva e goze em nós…».
(C. M. Martini, «Apresentação», em Teresa de Lisieux, doutora da Igreja, / meus pensamentos, Milão 1997, 7-9).
Bom dia para você e sua família!
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