SANTA TERESA DE JESUS
“A VERDADEIRA PUREZA ESTÁ NA INTENÇÃO QUE GUIA O CORAÇÃO”
LER
LUCAS 11,42-46
“Naquele tempo, disse o Senhor: “Aí de vós” (Lc 42).
“Aí de vós”, o Senhor nos alerta para os perigos de uma vida pautada apenas em regras externas e aparências. Muitas vezes, nos perdemos na rotina e esquecemos de cultivar a verdadeira essência do ser humano, que é a sinceridade do coração e o amor ao próximo. A hipocrisia, que nos leva a ações vazias, afasta-nos da essência divina. O convite é para refletirmos sobre nossas ações e intenções.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
- Estou priorizando minha autenticidade diante de Deus e das pessoas, ou apenas as aparências?
- O que eu faço diariamente reflete o que realmente sou, ou estou apenas cumprindo uma obrigação social?
COMPROMISSO
Hoje, vou me comprometer a agir com mais autenticidade e amor, deixando de lado as ações vazias, para que meus atos reflitam a verdade do meu coração. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
O primado contemplativo não nasce em Teresa de Jesus das categorias aristotélicas ou platônicas da contemplação, mas brota de uma dimensão de abertura que há nela. Ela é uma criatura feita para algo grande e infinito que possa realizá-la, completá-la, preenchê-la. Essa atitude diante de Deus é fundamental em sua vida; dela brota o sentido do senhorio de Deus: não apenas por uma soberania de amor ao qual ela se abandona, mas também porque o Senhor a transcende — Ele é o único dono de toda a sua pessoa e de toda a sua vida.
O primado de Deus, em dimensão contemplativa e em uma experiência absolutamente feminina, caracteriza sua atitude diante do Senhor; Teresa é feita para Ele. Por isso, ela não se sente diante de Deus nem amedrontada nem desconfortável, ainda que saiba que Ele é o Senhor da glória. Ela se relaciona com Ele com grande liberdade.
“Oh, meu Criador”, exclama Teresa, “quando estivestes na terra, longe de sentir desprezo pelas mulheres, até procurastes favorecê-las com grande benevolência…”. Ela tem certeza de que Deus acolhe e ama as mulheres, e de que Cristo lhes concede amplamente esse amor. Para afirmar isso, ela apresenta o exemplo da Virgem Maria, a quem Deus escolheu como Mãe; o das pecadoras a quem Jesus perdoou; e o da amizade que Ele sentia por Marta e Maria. Esses são os argumentos de que ela se serve para sentir-se à vontade com o Senhor.
(A. Ballestrero, “A mulher em Santa Teresa”, em AA. W., Teresa d’Ávila. Introduzione storico-teologica, Turim, 1982, p. 63).
Bom dia para você e sua família!
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