Rm 13,8-10; Sl 111(112),1-2.4-5.9; Lc 14,25-33

Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!” (Lc 14, 33).

No Evangelho, o Senhor nos apresenta duas questões: primeiro, desafia nossa liberdade e nos coloca numa situação em que precisamos fazer uma escolha: O que motiva a minha vida de fé? Jesus propõe uma vida autêntica e radical e quer ser seguido por pessoas livres e responsáveis para assumirem de forma coerente as consequências da opção que abraçou. Segundo passo, a vida precisa ser abraçada por um projeto que se faz frente as responsabilidades abraçadas. Muito mais de abraçar uma doutrina, nosso seguimento. Precisamos centrar nossa vida unificando todas as coisas em um ponto, se nos dispersamos ficamos divididos; a vida é uma construção que requer cuidado, organização, escolhas, renúncias, “Devemos ter caridade com todos os parentes e estranhos, mas sem nos afastarmos do amor de Deus por amor a eles (São Gregório Magno, Homiliae in Evangelia, 37,3).

Reflexão

  1. Consigo desapegar-me facilmente das coisas?
  2. Organizo bem minha vida dentro de um projeto de vida?

LEITURA ESPIRITUAL

O amor de Deus que “foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi dado” (Rm 5,5), nos torna capazes de exprimir em verdade, na própria vida, o espírito das Bem-aventuranças. Seguindo a Cristo pobre, nem se deixam abater com a falta dos bens temporais nem se exaltam com a sua abundância; imitando a Cristo humilde, não são cobiçosos da glória vã (Gl. 5,26), mas procuram mais agradar a Deus que aos homens, sempre dispostos a deixar tudo por Cristo (Lc 14,26) e a sofrer perseguição pela justiça (Mt 5,10), lembrados da palavra do Senhor: “se alguém quiser seguir-me, abnegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Finalmente, fomentando entre si a amizade cristã, prestam-se mutuamente ajuda em todas as necessidades. (Apostolicam actuositatem, n.4).

AÇÃO

Viva a Palavra: “Não fiquem devendo nada a ninguém. A única dívida que devemos contrair é amar uns aos outros.” (Rm 13,8).

Bom dia para você e sua família!

Pe. William Santos Vasconcelos