ANUNCIAÇÃO DO SENHOR, SOLENIDADE

Is 7,10-14;8,10; Sl 39(40),7-8a.8b-9.10,11 (R. 8a.9a); Hb 10,4-10; Lc 1,26-38

SERVIR

Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra! (Lc 1,38).

Hoje celebramos a liturgia do encontro. É a liberdade infinita de Deus se encontrando com a liberdade da criatura, Maria. Maria é preparada por Deus desde seu nascimento para conceber o Salvador, mas isso não determina por inteiro a vida dela, porque, assim como todo ser humano, Maria é livre para aceitar ou não a vontade de Deus.

Maria é o grande sinal profetizado pelos profetas do Antigo Testamento. E é dela, a toda pura, que, por obra do Espírito Santo, Jesus recebe a carne e o sangue da raça humana, o que faz de Maria o ser humano mais próximo de Deus, ou seja, ela é a nova Eva, a mãe de toda a humanidade. Não é mais “com o sangue de touros e bodes” (Hb 10,4), mas com sangue humano, isto é, com o sangue de Maria que corre nas veias de Jesus, seu amabilíssimo Filho, que Deus resgata seu povo da escravidão do pecado.

Que nesta solenidade da Anunciação do Senhor Nossa Senhora, a Mãe do Belo Amor, possa interceder por cada um de nós, para que reconheçamos que Jesus está sempre conosco.

(Danilo Tavares da Silva – 2º Teologia / Diocese de Bom Jesus-PI)

REFLEXÃO

1. O que o texto do Evangelho me faz refletir?

2. Tenho facilidade em responder aos apelos da missão na Igreja?

LEITURA ESPIRITUAL

Por conseguinte, também a fé de Maria pode ser comparada com a de Abraão, a quem o Apóstolo chama “nosso pai na fé” (Rom 4,12). Na economia salvífica da Revelação divina, a fé de Abraão constitui o início da Antiga Aliança; a fé de Maria, na Anunciação, dá início à Nova Aliança. Assim como Abraão, “esperando contra toda a esperança, acreditou que haveria de se tornar pai de muitos povos” (Rom 4,18), também Maria, no momento da Anunciação, depois de ter declarado a sua condição de virgem (Como será isto, se eu não conheço homem?), acreditou que pelo poder do Altíssimo, por obra do Espírito Santo, se tornaria a mãe do Filho de Deus segundo a revelação do Anjo: “Por isso mesmo o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35).

[…]E esta “obediência da fé” da parte de Maria, durante toda a sua caminhada, terá surpreendentes analogias com a fé de Abraão. Do mesmo modo que o patriarca do Povo de Deus, também Maria, ao longo do caminho do seu fiat filial e materno, “esperando contra toda a esperança, acreditou”. Especialmente ao longo de algumas fases deste seu caminhar, a bênção concedida «àquela que acreditou» tornar-se-á manifesta com particular evidência. Acreditar quer dizer “abandonar-se» à própria verdade da palavra de Deus vivo, sabendo e reconhecendo humildemente «quanto são insondáveis os seus desígnios e imperscrutáveis as suas vias” (Rom 11,33). (Diário de Santa Faustina, 299)

AÇÃO

Assuma um compromisso com a Igreja de Cristo a partir do seu batismo.

Bom dia para você e sua família!