• Iniciar com a saudação à Santíssima Trindade

Oração: “Pai Santo, que enviastes o vosso Filho para nos libertar da escravidão de Satanás, amparai-nos com as armas da fé, para que no combate quotidiano contra o Maligno, tomemos parte na vitória pascal. Amém.”

  • Gn 3,9-15: (fazer somente a leitura)
  • Sl 129(130),1-2.3-4ab.4c-6.7-8 (R. 7): (fazer somente a leitura)
  • 2Cor 4,13-18-5,1: (fazer somente a leitura)
  • Momento de silêncio

LER O EVANGELHO:  Marcos 3,20-35

(ler o texto em voz alta e depois uma leitura silenciosa)

a) Quem são as pessoas que aparecem no texto?

b) O que dizem os parentes e os doutores da Lei sobre a pessoa de Jesus?De que maneira Jesus responde aos seus acusadores?

c) Em que consiste o pecado contra o Espírito Santo, segundo as Palavras de Jesus?

d) O que Jesus diz sobre aqueles que se fecham ao conhecimento da verdade?

Cante o refrão:

Quem nos separará? Quem vai nos separar? Do amor de cristo, quem nos separará? Se ele é por nós, quem será, quem será contra nós? Quem vai nos separar do amor de cristo, quem será?

MEDITAR

(O que texto diz para mim?)

a) Consigo perceber nos acontecimentos comuns do meu cotidiano sinais da presença de Deus? Quais?

b) Acolho com sabedoria e ponho em prática as Palavras e ensinamentos de Jesus nos Evangelhos?

c) “Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa” (v 27). O que o texto quer dizer sobre Jesus? Como contextualizo essas palavras em minha vida?

d) Sou capaz de reconhecer que fazer comunhão com Cristo na sua Palavra, na oração, na Eucaristia e fortalecer os laços fraternos na comunidade posso vencer as forças do mal em minha vida e no meu ambiente de convívio?

ORAÇÃO

Eleve sua prece a Deus pedindo forças para vencer a forças do mal, da inveja, da discórdia no seu ambiente de convívio fraterno.

CONTEMPLAÇÃO (momento de refletir em silêncio).

“Deixemo-nos atrair pelo rosto de Cristo! Fixemos com confiança o olhar no seu Coração! Ele nos atrai para si, porque somos seus.”

COMPROMISSO

Faça um pequeno registro de alguns acontecimentos da sua vida, destacando momentos em que foi percebida a presença e ação de Deus. Conte para alguém.

  • Pai-Nosso, Ave-Maria
  • Benção
  • Canto final ou refrão meditativo.

LEITURA ESPIRITUAL

O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO

Tendo em conta tudo o que temos vindo a dizer até agora, tornam-se mais compreensíveis algumas outras palavras impressionantes e surpreendentes de Jesus. Poderemos designá-las como as palavras do “não-perdão”. São-nos referidas pelos Sinóticos, a propósito de um pecado particular, que é chamado “blasfêmia contra o Espírito Santo”. Elas foram expressas na tríplice redação dos Evangelistas do seguinte modo:

São Mateus: “Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada. E àquele que falar contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, a quem falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no futuro”.

São Marcos: “Aos filhos dos homens serão perdoados todos os pecados e todas as blasfêmias que proferirem; todavia, quem blasfemar contra o Espírito Santo, jamais terá perdão, mas será réu de pecado eterno”.

São Lucas: “E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem, perdoar-se-á; mas a quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado”.

Por que a “blasfêmia” contra o Espírito Santo é imperdoável? Em que sentido entender esta “blasfêmia”? Santo Tomás de Aquino responde que se trata de um pecado “imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados”.

Segundo uma tal exegese, a “blasfêmia” não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz. Se o homem rejeita o deixar-se “convencer quanto ao pecado”, que provém do Espírito Santo e tem caráter salvífico, ele rejeita contemporaneamente a “vinda” do Consolador: aquela “vinda” que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que “purifica a consciência das obras mortas”.

Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados. Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas “obras mortas”, no pecado. E a “blasfêmia contra o Espírito Santo” consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta, “não-remissão” está ligada, como à sua causa, à “não-penitência”, isto é, à recusa radical a converter-se. Isto equivale a uma recusa radical de ir até às fontes da Redenção; estas, porém, permanecem “sempre” abertas na economia da salvação, na qual se realiza a missão do Espírito Santo. Este tem o poder infinito de haurir destas fontes: “receberá do que é meu”, disse Jesus. Deste modo, Ele completa nas almas humanas a obra da Redenção, operada por Cristo, distribuindo os seus frutos. Ora a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso “direito” de perseverar no mal — em qualquer pecado — e recusa por isso mesmo a Redenção. O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida. É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfêmia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou e abrir-se às fontes divinas da purificação das consciências e da remissão dos pecados.

Papa João Paulo II, Carta encíclica “Dominum et vivificantem”, sobre o Espírito Santo na vida da igreja e do mundo.

Organização:

Pe. William Santos Vasconcelos

Canal Whatzapp: (86) 98109-2883