“VIVER COM PROPÓSITO E FÉ, BUSCANDO O ETERNO.”

LER

Mateus 19,16-22

MEDITAR

“Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?” (Mt 19,16)

Hoje somos chamados a meditar dois momentos importantes apresentados pelo texto: primeiro, “Que devo fazer de bom para obter a vida eterna?”, isto é, do esforço que precisamos ter para não nos acomodarmos com o óbvio do cotidiano, com a mesmice da vida. Segundo que precisamos abrir mão de alguma coisa que nos deixa preso, sem liberdade: objetos materiais, situações, relações de possessividade. O Evangelho nos propõe o desafio de renunciar a tudo o que nos afasta de Deus, para que possamos segui-lo com o coração livre e dedicado.

(Pe. William Santos Vasconcelos – diretor espiritual do seminário de teologia)

REFLEXÃO

  1. Tenho cultivado uma relação mais profunda com Deus permitindo que Sua Palavra transforme o meu coração e a minha mente?
  2. Até que ponto estamos prontos para renunciar às nossas posses em prol de uma vida comprometida com Cristo.?

CONTEMPLAR

“A tristeza, que é um vício causado pelo amor a si próprio, não é um vício específico, mas a raiz de todos os vícios em geral.” (Santo Tomás de Aquino, Suma teológica, 2-2.28, 4ad1)

COMPROMISSO

De que forma estou estando disposto(a) a sacrificar o que é temporário para seguir o chamado de Deus em minha vida? (Escreva no seu diário espiritual)

LEITURA ESPIRITUAL

[…] O caminho e, simultaneamente, o conteúdo desta perfeição consiste na sequela Christi, no seguir Jesus, depois de ter renunciado aos próprios bens e a si mesmo. Esta é precisamente a conclusão do diálogo de Jesus com o jovem: “Depois, vem e segue-Me” (Mt 19,21). É um convite, cuja maravilhosa profundidade será plenamente compreendida pelos discípulos só depois da ressurreição de Cristo, quando o Espírito Santo os guiar para a verdade total (Jo 16,3).

É o próprio Jesus que toma a iniciativa, chamando para O seguir. O apelo é feito, antes de mais, àqueles a quem Ele confia uma missão particular, a começar pelos Doze; mas vê-se claramente também que ser discípulo de Cristo é a condição de todo o crente (At 6,1). Por isso, seguir Cristo é o fundamento essencial e original da moral cristã: como o povo de Israel seguia Deus que o conduzia no deserto rumo à Terra Prometida (Êx 13,21), assim o discípulo deve seguir Jesus, para o Qual é atraído pelo próprio Pai (Jo 6,44).

Aqui não se trata apenas de dispor-se a ouvir um ensinamento e de acolher na obediência um mandamento. Trata-se, mais radicalmente, de aderir à própria pessoa de Cristo, de compartilhar a sua vida e o seu destino, de participar da sua obediência livre e amorosa à vontade do Pai. Seguindo, mediante a resposta da fé, Aquele que é a Sabedoria encarnada, o discípulo de Jesus torna-se verdadeiramente discípulo de Deus (Jo 6,45). De fato, Jesus é a luz do mundo, a luz da vida (Jo 8, 12); é o pastor que guia e alimenta as ovelhas (Jo 10,11-16), é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6), é Aquele que conduz ao Pai, ao ponto que vê-Lo a Ele, o Filho, é ver o Pai (Jo 14,6-10). Portanto, imitar o Filho, “a imagem do Deus invisível” (Col 1,15), significa imitar o Pai.

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(Papa João Paulo II, Veritatis Splendor, 19).

Bom dia para você e sua família!