SANTOS ANJOS DA GUARDA

CONFIAR NA PROVIDÊNCIA DIVINA E AGIR”

LER

Mateus 18,1-5.10

Se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 18,3).

Anjo meu companheiro na caminhada

Assim diz o Senhor: “Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Desde o dia de nosso nascimento O Senhor envia um anjo para nos proteger guardar e levar a Deus as nossas orações.

O Santo Padre Pio recomendava a Anita Rodotte, sua filha espiritual, em uma carta escrita no dia 15 de julho de 1913, o seguinte: 

“Pelo amor de Deus, não se esqueça desse companheiro invisível, sempre presente, sempre disposto a nos escutar e pronto para nos consolar. Ó deliciosa intimidade! Ó deliciosa companhia! Se pudéssemos pelo menos compreender isso…!

Que seu bom Anjo da Guarda vele sempre sobre você, que sempre a mantenha na graça de Jesus e a sustente com suas mãos para que você não tropece em nenhuma pedra. Que a proteja sob suas asas de todas as armadilhas do mundo, do demônio e da carne.”

(Diácono João Paulo de Oliveira – Diocese de Joaçaba – Santa Catarina)

MEDITAR

1. Como estou vivendo o sacramento da confissão?

2. Como estou buscando em Deus a paz?

CONTEMPLAR

Confiem a Deus toda a sua preocupação, pois é ele quem cuida de vocês. (1Pd 5,7)

COMPROMISSO

Rezar a oração ao Santo Anjo

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém

LEITURA ESPIRITUAL

Hoje é celebrada a memoria do Anjo da Guarda  

Natureza espiritual Segundo Tomás, cada anjo é uma criatura espiritual única diante de Deus, dotada de dons naturais que recebeu em sua criação, mas ainda assim é um ser criado, portanto, limitado, apesar de ser imaterial, incorpóreo, imortal e incorruptível. Isso elimina qualquer tipo de composição com a matéria em sua natureza. Do mesmo modo, exclui-se da sua natureza qualquer propriedade que seja inerente ou dependa do corpo, como nutrir-se, respirar, locomover, descansar e gerar sexualmente unindo-se a outro corpo. Os que afirmam a corporeidade do Anjo se apoiam em interpretações equivocadas de certas passagens da Escritura como, por exemplo, da narração do Gênesis (6, 2 e 4) onde se diz que ‘os filhos de Deus’ tiveram relação carnal com as mulheres e geraram gigantes. Também motivaria um erro de atribuição de corpo ao ser angélico uma equivocada interpretação do texto do Apóstolo (1Cor. 11, 10: “Por isso, a mulher deve velar sua cabeça convenientemente, por causa dos anjos”), como se o estar descoberta constituísse uma tentação para os anjos. Aqui ‘anjos’ significam os ministros ou mensageiros de outras comunidades que ficariam escandalizados com penteados pouco pudicos. Muitas outras passagens, muito mal interpretadas, sugeriram a afirmação de que o anjo possuísse corpo. Essas referências motivaram a interpretação de que a natureza angélica fosse dotada de corpo, como ocorreu, por exemplo, com São Justino [†163] ao sustentar que os demônios são filhos dos anjos decaídos: “Os anjos transgrediram e tiveram relações com mulheres e delas tiveram filhos, chamados demônios”. Ademais da Patrística, também na Escolástica, alguns sustentaram o mesmo, como São Boaventura [†1274], que afirmou haver certa corporeidade no anjo. Assim, pois, o Anjo, além ser de uma criatura puramente espiritual é também um ser pessoal, bom por natureza26, nominalmente conhecido por Deus. Um espírito subsistente que possui intelecto, vontade, liberdade, capaz de comunicar seu pensamento a outro anjo, por meio da sua vontade. Comunica-se com um outro, quando, por exemplo, um anjo superior fala ao inferior e o ilumina ou quando um inferior fala a um superior e aprende, ou mesmo quando um anjo fala a Deus, não para ensinar, mas para consultá-lo e admirá-lo. A distância local em nada intervém na comunicação entre os anjos. Assim sendo, não é necessário que um anjo inferior, quando fala a um superior, o ilumine com alguma verdade ou que a fala entre dois anjos seja conhecida por todos. O que um anjo comunicou a outro depois do seu sim ou do seu não à graça de Deus, também influiu na confirmação ou na queda de outros anjos, sobretudo daqueles que lhes eram subordinados. O Anjo, no instante posterior35 à sua criação e com o auxílio da graça santificante inerente à sua natureza, pôde livremente converter-se ou não à bem-aventurança, que é a última perfeição alcançável pela sua natureza. O seu sim ou o seu ‘serviam’ confirmou imediatamente nele a graça santificante, tornando meritória a sua santificação, pela qual contemplou a glória, segundo seus dotes naturais recebidos em sua criação e aumentou-lhe a sabedoria e a capacidade de amar, incapacitando-o de pecar, em razão da presença do Amor, mas sem a necessidade de que isso o fizesse aumentar ou progredir na bem-aventurança. O ‘non serviam’, livre e voluntário do Anjo, que era superior a muitos outros, deu origem ao mal de culpa, cujo pecado induziu à queda de muitos que lhe eram inferiores. Enraizado na soberba por não querer submeter-se a Deus naquilo que era devido, na inveja, por não conseguir que não existissem os santos e entristecer-se diante do bem do homem e da grandeza de Deus, desejou ser semelhante a Deus por virtude própria e não por auxílio divino, ao mesmo tempo em que quis tomar para si aquilo que, para Deus, é o Seu bem mais precioso na criação: o homem, criado à imagem e semelhança de Seu Filho. Afastou-se da presença de Deus por causa da sua maldade. Isso privou seu intelecto da verdade, a qual de fato não quis conhecer, e excluiu da sua vontade o bem. Converteu toda a sua inteligência à mentira e sua vontade obcecou-se plenamente no mal. Incapaz de amar, à semelhança do amor divino, embora ame desordenadamente a sua própria natureza, são-lhe imperativos, a partir de então, a dor, o ódio e a mentira, que o fazem contorcer-se por se voltar inteiramente ao que é contrário à sua natureza. Por causa disso, padece essas penas no inferno e elas se intensificam quando atormenta os que lá estão sob seu jugo ou quando, no mundo, tenta ou possui o homem ou ainda infesta os locais onde esse vive. (II Suma. 23, 2, 1: II 317).

Bom dia para você e sua família!

Conteúdo completo no link abaixo: