“VER COMEÇA PELA CORAGEM DE PEDIR”
LER
Lucas 18,35-43
“…O que queres que eu faça por ti?… Senhor, eu quero enxergar de novo” (Lc 18,41).
Jesus, em sua generosidade, nos faz uma pergunta profunda e simples: “O que queres que Eu faça por ti?” Como o cego de Jericó, muitos de nós carregamos feridas e cegueiras emocionais, e a coragem de nomear nossa dor é o primeiro passo para a cura. O desejo sincero de ver novamente, de renascer, é uma expressão de fé e esperança que Jesus acolhe com compaixão. Ele nos desafia a olhar para dentro e reconhecer aquilo que, talvez, por medo ou orgulho, deixamos de lado.
(Pe. William Santos Vasconcelos – Diretor Espiritual).
MEDITAR
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COMPROMISSO
Reserve um momento para olhar para dentro e fazer um pedido sincero de cura. (escreva no seu Diário espiritual).
LEITURA ESPIRITUAL
O cego é símbolo de toda a humanidade, expulsa do paraíso terrestre na pessoa de seu primeiro pai, Adão. Desde então, os homens deixaram de ver o esplendor da luz eterna. Apesar disso, a humanidade está iluminada pela presença de seu Salvador, de modo que pode ver – ao menos com o desejo – a alegria da luz interior e caminhar com os passos das boas obras pelo caminho da vida. Enquanto nosso autor se aproxima de Jericó, o cego recobra a vista. Isso quer dizer que, quando o Senhor assume a fraqueza de nossa natureza, a humanidade recobra a luz que havia perdido. A resposta ao gesto de Deus, que começa a sofrer as fraquezas humanas, é o novo modo de ser do homem, elevado a alturas divinas.
Quem ignora o esplendor da luz eterna é cego, e quem crê no Redentor se senta junto ao caminho. No entanto, se, mesmo crendo, se esquece de pedir para receber a luz eterna, é um cego que se senta junto ao caminho sem mendigar. Por isso, todo aquele que reconhece as trevas de sua própria cegueira invoca com todas as forças da alma: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim”.
Insistamos vigorosamente na oração, detenhamos em nossa alma a Jesus, que passa. Quando insistimos com força na oração, Jesus se detém para nos dar novamente a luz. Em consequência, queridos irmãos, se já conhecemos a cegueira do nosso peregrinar; se, com a fé no mistério do nosso Redentor, já estamos sentados junto ao caminho; se, com a oração cotidiana, pedimos a luz do nosso autor; se, além disso, após a cegueira, somos iluminados pelo dom da luz que penetra em nós, esforcemos-nos para seguir com as obras a Jesus que conhecemos com a inteligência. Observemos aonde se dirige o Senhor e, com a imitação, sigamos suas pegadas. De fato, só segue a Jesus quem o imita… (Gregório Magno, Homilias sobre os evangelhos II, 1-8, passim)
Bom dia para você e sua família!

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