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Capítulo 3 de 16

1Noutra vez, entrou ele na sinagoga e achava-se ali um homem que tinha a mão seca.

2Ora, estavam-no observando se o curaria no dia de sábado, para o acusarem.

3Ele diz ao homem da mão seca: “Vem para o meio”.

4Então, lhes pergunta: “É permitido fazer o bem ou o mal no sábado? Salvar uma vida ou matar?”. Mas eles se calavam.

5Então, lan­çando um olhar indignado sobre eles, e contristado com a dureza de seus corações, diz ao homem: “Estende tua mão!”. Ele estendeu-a e a mão foi curada.

6Saindo os fariseus dali, deliberaram logo com os herodianos como o haviam de prender.*

7Jesus retirou-se com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão, vinda da Galileia.

8E da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do além-Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidônia veio a ele uma grande multidão, ao ouvir o que ele fazia.

9Ele ordenou a seus discípulos que lhe aprontassem uma barca, para que a multidão não o comprimisse.

10Curou a muitos, de modo que todos os que padeciam de algum mal se arrojavam a ele para o tocar.

11Quando os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: “Tu és o Filho de Deus!”.

12Ele os proibia severamente que o dessem a conhecer. (= Mt 10,1-4 = Lc 6,12-16)

13Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele.

14Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia.

15Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios.

16Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro;

17Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão.

18Ele esco­lheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;

19e Judas Iscariotes, que o entregou. (Mt 12,22-32 = Lc 11,14-26)

20Dirigiram-se em seguida a uma casa. Aí afluiu de novo tanta gente, que nem podiam tomar alimento.

21Quando os seus o souberam, saí­ram para o reter; pois diziam: “Ele está fora de si”.

22Também os escribas, que haviam descido de Jerusalém, diziam: “Ele está possuído de Beelzebul: é pelo príncipe dos demônios que ele expele os demônios”.*

23Mas, havendo-os convocado, dizia-lhes em parábolas: “Como pode Satanás expulsar a Satanás?

24Pois, se um reino estiver dividido contra si mesmo, não pode durar.

25E se uma casa está dividida contra si mesma, tal casa não pode permanecer.

26E se Satanás se levanta contra si mesmo, está dividido e não poderá continuar, mas desaparecerá.

27Ninguém pode entrar na casa do homem forte e roubar-lhe os bens, se antes não o prender; e então saqueará sua casa.”

28Em verdade vos digo: “Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, mesmo as suas blasfêmias;

29mas todo o que tiver blasfemado contra o Espírito Santo jamais terá perdão, mas será culpado de um pecado eterno”.*

30Jesus falava assim porque tinham dito: “Ele tem um espírito imundo”. (= Mt 12,46-50 = Lc 8,19ss)

31Chegaram sua mãe e seus irmãos e, estando do lado de fora, mandaram chamá-lo.*

32Ora, a multidão estava sentada ao redor dele; e disseram-lhe: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram”.

33Ele respondeu-lhes: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”.

34E, correndo o olhar sobre a multidão, que estava sentada ao redor dele, disse: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos.

35Aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. (= Mt 13,1-23 = Lc 8,4-15)