NúmerosSelecione outro livro
Capítulo 11 de 36
- Capítulo 1Capítulo 2Capítulo 3Capítulo 4Capítulo 5Capítulo 6Capítulo 7Capítulo 8Capítulo 9Capítulo 10Capítulo 11Capítulo 12Capítulo 13Capítulo 14Capítulo 15Capítulo 16Capítulo 17Capítulo 18Capítulo 19Capítulo 20Capítulo 21Capítulo 22Capítulo 23Capítulo 24Capítulo 25Capítulo 26Capítulo 27Capítulo 28Capítulo 29Capítulo 30Capítulo 31Capítulo 32Capítulo 33Capítulo 34Capítulo 35Capítulo 36
1O povo pôs-se a murmurar amargamente aos ouvidos do Senhor. O Senhor, ouvindo isso, irou-se: o fogo do Senhor acendeu-se entre eles e devorou a extremidade do acampamento.
2O povo clamou a Moisés; Moisés orou ao Senhor e o fogo extinguiu-se.
3Deu-se àquele lugar o nome de Tabeera, porque o fogo do Senhor se tinha acendido no meio deles.
4A população que estava no meio de Israel foi atacada por um desejo desordenado, de modo que até os israelitas recomeçaram a gemer: “Quem nos dará carne para comer?” – diziam eles –.
5“Lembramo-nos dos peixes que comíamos de graça no Egito, dos pepinos, melões, verduras, cebolas e alhos.
6Agora nossa alma está seca. Não há mais nada, e só vemos maná diante de nossos olhos.”
7O maná assemelhava-se ao grão de coentro e parecia-se com o bdélio.
8O povo dispersava-se para colhê-lo; moía-o com a mó ou esmagava-o num pilão, cozia-o numa panela e fazia bolos com ele, os quais tinham o sabor de um bolo amassado com óleo.
9Enquanto de noite caía o orvalho no campo, caía também com ele o maná.
10Ouviu Moisés o povo que chorava, agrupado por famílias, cada uma à entrada de sua tenda. A cólera do Senhor acendeu-se com violência. Moisés entristeceu-se.
11E disse ao Senhor: “Por que afligis vosso servo? Por que não acho eu favor a vossos olhos, vós que me impusestes a carga de todo esse povo?
12Porventura fui eu que concebi esse povo? Ou acaso fui eu que o dei à luz, para me dizerdes: leva-o em teu seio como a ama costuma levar o bebê, para a terra que, com juramento, prometi aos seus pais?
13Onde encontrarei carne para dar a todo esse povo que vem chorar perto de mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer?’.
14Eu sozinho não posso suportar todo esse povo; ele é pesado demais para mim.
15Em lugar de tratar-me assim, rogo-vos que antes me façais morrer, se achei agrado a vossos olhos, a fim de que eu não veja a minha infelicidade!”.
16O Senhor respondeu a Moisés: “Junta-me setenta homens entre os anciãos de Israel, que sabes serem os anciãos do povo e tenham autoridade sobre ele. Conduze-os à tenda de reunião, onde estarão contigo.
17Então descerei e ali falarei contigo. Tomarei do espírito que está em ti e o derramarei sobre eles, para que possam levar contigo a carga do povo e não estejas mais sozinho.
18Dirás ao povo: Santificai-vos para amanhã, e tereis carne para comer, pois chorastes aos ouvidos do Eterno, dizendo: Quem nos dará carne para comer? Estávamos tão bem no Egito!... O Senhor vos dará carne, e comereis.*
19E comereis não só um dia, nem dois, nem cinco, nem dez, nem vinte,
20mas durante um mês inteiro, até que ela vos saia pelas narinas e vos cause nojo: porque rejeitastes o Senhor que está no meio de vós e dissestes-lhe chorando: Por que saímos nós do Egito?”.
21Moisés disse: “Este povo, no meio do qual estou, conta seiscentos mil homens de pé, e dizeis que lhes dareis carne para que comam um mês inteiro!
22Porventura se matará tanta quantidade de ovelhas e bois até que tenham bastante? Ou juntarão todos os peixes do mar para fartá-los?”.
23O Senhor respondeu a Moisés: “Acaso será impotente a mão do Senhor? Verás sem demora se se fará ou não o que eu te disse”.
24Moisés saiu e referiu ao povo as palavras do Senhor. Reuniu setenta homens dos anciãos do povo e os colocou em volta da tenda.
25O Senhor desceu na nuvem e falou a Moisés. Tomou uma parte do espírito que o animava e a pôs sobre os setenta anciãos. Apenas repousara o espírito sobre eles, começaram a profetizar; mas não continuaram.*
26Dois homens tinham ficado no acampamento: um chamava-se Eldad e o outro, Medad, e o espírito repousou também sobre eles, pois tinham sido alistados, mas não tinham ido à tenda; e profetizaram no acampamento.
27Um jovem correu a dar notícias a Moisés: “Eldad e Medad – disse ele – profetizam no acampamento”.
28Então Josué, filho de Nun, servo de Moisés desde a sua juventude, tomou a palavra: “Moisés – disse ele – meu senhor, impede-os”.
29Moisés, porém, respondeu: “Por que és tão zeloso por mim? Prouvera a Deus que todo o povo do Senhor profetizasse, e que o Senhor lhe desse o seu espírito!”.
30E Moisés retirou-se do acampamento com os anciãos de Israel.
31Um vento mandado pelo Senhor, vindo das bandas do mar, trouxe consigo codornizes e derramou-as sobre o acampamento, em uma extensão de cerca de um dia de caminho para ambos os lados em volta do acampamento; e cobriam o solo, cerca de dois côvados de alto sobre a superfície da terra.
32Levantou-se então o povo, e ajuntou durante todo aquele dia, toda a noite e todo o dia seguinte tantas codornizes, que aquele que menos ajuntou conseguiu encher dez homeres. E estenderam-nas, para si mesmos, em toda a volta do acampamento.*
33Ainda a carne estava nos seus dentes, e ainda não estava mastigada, quando a cólera do Senhor se inflamou contra o povo e o Senhor feriu o povo com um grande flagelo.
34Chamou-se àquele lugar Quibrot-Hataava (sepulcros da concupiscência, porque ali sepultou-se o povo que se deixara dominar pelo desejo desordenado.*
35De Quibrot-Hataava, partiu o povo para Haserot, onde se deteve.