NúmerosSelecione outro livro
Capítulo 14 de 36
- Capítulo 1Capítulo 2Capítulo 3Capítulo 4Capítulo 5Capítulo 6Capítulo 7Capítulo 8Capítulo 9Capítulo 10Capítulo 11Capítulo 12Capítulo 13Capítulo 14Capítulo 15Capítulo 16Capítulo 17Capítulo 18Capítulo 19Capítulo 20Capítulo 21Capítulo 22Capítulo 23Capítulo 24Capítulo 25Capítulo 26Capítulo 27Capítulo 28Capítulo 29Capítulo 30Capítulo 31Capítulo 32Capítulo 33Capítulo 34Capítulo 35Capítulo 36
1Toda a assembleia pôs-se a gritar e chorou aquela noite.
2Todos os israelitas murmuraram contra Moisés e Aarão, dizendo: “Oxalá tivéssemos morrido no Egito ou neste deserto!
3Por que nos conduziu o Senhor a esta terra para morrermos pela espada? Nossas mulheres e nossos filhos serão a presa do inimigo. Não seria melhor que voltássemos para o Egito?”.
4E diziam uns para os outros: “Escolhamos um chefe e voltemos para o Egito”.
5Moisés e Aarão caíram com o rosto por terra diante de toda a assembleia dos israelitas.
6Josué, filho de Nun, e Caleb, filho de Jefoné, que tinham explorado a terra,
7rasgaram as suas vestes e disseram a toda a assembleia dos israelitas: “A terra que percorremos é muito boa.
8Se o Senhor nos for propício, nos introduzirá nela e no-la dará. É uma terra onde corre leite e mel.
9Somente não vos revolteis contra o Senhor, e não tenhais medo do povo dessa terra: o devoraremos como pão. Não há mais salvação para eles, porque o Senhor está conosco. Não tenhais medo deles”.
10Toda a assembleia estava a ponto de apedrejá-los, quando a glória do Senhor apareceu sobre a tenda de reunião a todos os israelitas.
11O Senhor disse a Moisés: “Até quando me desprezará esse povo? Até quando não acreditará em mim, apesar de todos os prodígios que fiz no meio dele?
12Vou destruí-lo, ferindo-o de peste, mas farei de ti uma nação maior e mais poderosa do que ele”.
13Moisés disse ao Senhor: “Os egípcios viram que, por vosso poder, tirastes este povo do meio deles e o disseram aos habitantes dessa terra.
14Todo mundo sabe, ó Senhor, que estais no meio desse povo, e sois visto face a face, ó Senhor, que vossa nuvem está sobre eles e marchais diante deles de dia numa coluna de nuvem, e de noite numa coluna de fogo.
15Se fizerdes morrer todo esse povo, as nações que ouviram falar de vós dirão:
16O Senhor foi incapaz de introduzir o povo na terra que lhe havia jurado dar, e exterminou-o no deserto.
17Agora, pois, rogo-vos que o poder do Senhor se manifeste em toda a sua grandeza, como o dissestes:
18O Senhor é lento para a cólera e rico em bondade; ele perdoa a iniquidade e o pecado, mas não tem por inocente o culpado, e castiga a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração.
19Perdoai o pecado desse povo segundo a vossa grande misericórdia, como já o tendes feito desde o Egito até aqui”.
20O Senhor respondeu: “Eu perdoo, conforme o teu pedido.
21Mas, pela minha vida e pela minha glória que enche toda a terra,
22nenhum dos homens que viram a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, que me provocaram já dez vezes e não me ouviram,
23verá a terra que prometi com juramento aos seus pais. Nenhum daqueles que me desprezaram a verá.
24Quanto ao meu servo Caleb, porém, que animado de outro espírito me obedeceu fielmente, eu o introduzirei na terra que ele percorreu, e a sua posteridade a possuirá.
25Visto que os amalecitas e os cananeus habitam no vale, voltai amanhã e parti para o deserto em direção ao mar Vermelho”.
26O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
27“Até quando sofrerei eu essa assembleia revoltada que murmura contra mim? Ouvi as murmurações que os israelitas proferem contra mim.
28Dize-lhes: Juro por mim mesmo – diz o Senhor – eu vos tratarei como vos ouvi dizer.*
29Vossos cadáveres cairão nesse deserto. Todos vós que fostes recenseados da idade de vinte anos para cima, e que murmurastes contra mim,
30não entrareis na terra onde jurei estabelecer-vos, exceto Caleb, filho de Jefoné, e Josué, filho de Nun.*
31Todavia, introduzirei nela os vossos filhinhos, dos quais dizíeis que seriam a presa do inimigo, e eles conhecerão a terra que desprezastes.
32Quanto a vós, os vossos cadáveres ficarão nesse deserto,
33onde os vossos filhos guardarão os seus rebanhos durante quarenta anos, pagando a pena de vossas infidelidades, até que vossos cadáveres apodreçam no deserto.*
34Explorastes a terra em quarenta dias; tantos anos quantos foram esses dias pagareis a pena de vossas iniquidades, ou seja, durante quarenta anos, e vereis o que significa ser objeto de minha vingança.
35Eu, o Senhor, o disse. Eis como hei de tratar essa assembleia rebelde que se revoltou contra mim. Eles serão consumidos e mortos nesse deserto!”.
36Os homens que Moisés tinha enviado a explorar a terra e que, depois de terem voltado, tinham feito murmurar contra ele toda a assembleia,
37depreciando a terra, morreram feridos por uma praga, diante do Senhor.*
38Somente Josué, filho de Nun, e Caleb, filho de Jefoné, sobreviveram entre todos os que tinham explorado a terra.
39Moisés referiu tudo isso aos filhos de Israel e o povo ficou profundamente desolado.
40Levantaram-se de madrugada e se puseram a caminho para o cimo do monte, dizendo: “Estamos prontos a subir para o lugar de que falou o Senhor, porque pecamos”.
41Moisés disse-lhes: “Por que transgredis a ordem do Senhor? Isso não será bem sucedido.
42Não subais; sereis derrotados por vossos inimigos, pois o Senhor não está no meio de vós.
43Os amalecitas e os cananeus estão diante de vós, e sucumbireis sob a sua espada, porque vos desviastes do Senhor. O Senhor não estará convosco”.
44Eles obstinaram-se em querer subir até o cimo do monte; a arca da aliança do Senhor, porém, e Moisés, não saíram do acampamento.
45Então os amalecitas e os cananeus, que habitavam nessa montanha, desceram e, tendo-os batido e retalhado, perseguiram-nos até Horma.